SELES NAFES
Depois de várias conversas, o governo do Estado está quase desistindo de ver a Coca-Cola voltando a fabricar refrigerantes no Amapá. Por outro lado, já estão certas as instalações de três novas fábricas no Distrito Industrial de Santana: duas são de ração e uma de cimento.
Em abril de 2014, a Brasil Norte Bebidas, proprietária da Coca-Cola no Amapá, anunciou a demissão em massa de funcionários e o fechamento do parque de fabricação do refrigerante.
Sessenta profissionais foram demitidos, restando ainda 250 funcionários nos setores administrativo e de distribuição. Desde então, o refrigerante passou a chegar envazado ao Amapá.
“O que nós sabemos é que o custo da empresa passou a ser alto diante de multas que o Estado aplicou por várias questões. Fizemos o convite para que a Coca-Cola volte a ser produzida, mas estamos sentindo que a empresa não quer mais”, comenta o atual secretário de Indústria e Comércio do Amapá, Eliezir Viterbino, que vem conversando com um dos diretores da empresa desde o ano passado.
Mas se a Coca dá sinais de que vai continuar apenas distribuindo seu produto, por lado três indústrias de grande porte se preparam para fincar os pés no Distrito Industrial de Santana.
Uma das empresas, de São Paulo, recebeu a concessão de terras no Distrito Industrial durante a Expofeira do ano passado. Inicialmente, 200 funcionários trabalharão na produção de ração de soja para exportação e mercado interno.
Este ano uma segunda indústria de ração manifestou interesse e também já recebeu a garantia de que terá terras no Distrito Industrial.
“Só faltam os projetos dessas empresas. Já conseguimos as áreas. São lotes de 10 mil a 20 mil metros quadrados. A fábrica de cimento precisa de uma área maior, de 15 hectares”, explicou o secretário.
Zona Franca Verde
Na semana passada, a Seicom recebeu a resolução da Suframa com as normas sobre preponderância de matéria-prima regional na fabricação de produtos na Zona Franca Verde de Macapá e Santana.
Duas empresas já se inscreveram para usar os benefícios fiscais da Zona Franca, uma de sorvetes e outra de polpa de frutas.
Outra frente para implementar a Zona Franca é a negociação com a Câmara de Comércio da China. Esse é o melhor momento para atrair investimentos do país.
“Houve uma mudança na política econômica da China que agora está permitindo que suas estatais invistam em negócios em outros países. Só uma dessas estatais fatura mais de US$ 90 bilhões por ano”, informa o secretário.
Na nesta sexta-feira, 18, outra rodada de negociações, desta vez com grupos empresariais japoneses, será realizada em São Paulo.