ANDRÉ SILVA
Um grupo de vigilantes protestou no início da tarde desta terça-feira, 29, no Centro de Macapá. O principal motivo foi o assassinato do vigilante José Conceição da Silva, de 29 anos, morto por bandidos na última quinta-feira, 25, em uma escola onde trabalhava no Bairro Amazonas, Zona norte de Macapá.
O protesto fechou a Avenida FAB no cruzamento com a Rua General Rondon por alguns minutos e depois seguiu para a frente do Palácio do Setentrião.
“Esse foi um ato isolado de alguns vigilantes da empresa Queiroz Maciel. Sentimos muito a morte do nosso companheiro, mas acreditamos que não devemos cobrar apenas pela morte do companheiro, mas por segurança no trabalho e garantia de emprego para todos os vigilantes”, informou o presidente do Sindicato dos vigilantes do Estado do Amapá, Roberto Farias.
Farias disse que os manifestantes pertencem a um grupo que faz oposição à gestão dele no sindicato.
“Eles só querem cobrar o atraso do salário deles e esquecem do restante da categoria. A verdade é que não é a penas o salário deles que está atrasado, mas de todos os postos que ficam nas secretarias do governo do Amapá”, enfatizou.
O presidente explica que nesta quarta-feira, 30, todos os vigilantes que estão com seus salários atrasados e irão fazer um ato na Praça da Bandeira a partir das 8h.
Na pauta estão a cobrança de salários atrasados, que segundo ele chega a quatro meses; mais segurança nos postos de trabalho e o não cancelamento de contratos de vigilância por parte do governo. Ele conta que apenas duas empresas não atrasam o salário.
“Só a Prosegur e a Elite estão com os salários em dia, o restante como a Pargel, Queiroz Maciel, Macapá Segurança , NovaSeg, Macapá Segurança, Pointer, Vigex todas essas estão com o salários atrasados”, explicou o Roberto.
De acordo com o sindicalista, em locais onde deveria estar trabalhando dois vigilantes só existe um profissional. O vigilante José Conceição estava trabalhando sozinho e desarmado na Escola Nossa Senhora de Nazaré, no Bairro Amazonas. Dois maiores e dois menores chegaram a ser detidos, mas foram liberados por falta de provas.