SELES NAFES
Os senadores Randolfe Rodrigues (REDE) e João Capiberibe (PSB) fazem parte do grupo de seis parlamentares que apresentaram na noite desta terça-feira, 19, Proposta de Emenda Constitucional (PEC) prevendo a realização de novas eleições para presidente e vice-presidente do Brasil.
A PEC já tem as assinaturas de 27 parlamentares e precisa de 41 votos para ser aprovada em plenário.
“Estamos otimistas. A PEC agora vai para a Comissão de Constituição e Justiça e depois segue ao plenário o mais urgente possível”, disse o senador Randolfe Rodrigues.
Os senadores acreditam que a realização de novas eleições seria o caminho mais rápido e legítimo para extinguir a crise política e econômica, além de significar uma alternativa mais legítima e ética do que passar o poder para o PMDB e o vice Michel Temer.
A ideia é fazer com que no dia 2 de outubro, junto com a eleição de prefeitos e vereadores, sejam escolhidos também o presidente e um vice.
“A proposta tramitará aqui no Senado independentemente do rito do processo de impeachment que terá seu desfecho no dia 10 de maio com a aprovação ou não do afastamento da presidente Dilma”, explicou o senador Capiberibe. Veja vídeo.
Capiberibe deixou claro que se houver o afastamento de Dilma, na sua opinião, não seria legítimo permitir que Temer assuma o poder sem ter sido escolhido nas urnas.
“Temos que pedir a anuência do povo brasileiro que será chamado às urnas para escolher seu presidente e vice”, acrescentou.
O senador Davi Alcolumbre (DEM) tem um posicionamento diferente de Randolfe e Capiberibe. É favorável ao impeachment de Dilma, apesar de não ter compromisso político com o PMDB e Michel Temer.
“A gente entende que o governo cometeu um crime fiscal e a presidente merece ter o mandato interrompido. Além disso se reelegeu com base em promessas que não foram cumpridas. Na campanha ela baixou a conta da energia, mas depois que assumiu aumentou em 70%. Isso é fraude eleitoral”, comentou Alcolumbre.
A realização de novas eleições já tinha sido o posicionamento de outro parlamentar amapaense, o deputado federal Vinícius Gurgel (PR). Ele foi o único amapaense a se abster de votar no domingo histórico na Câmara dos Deputados. Gurgel disse mais tarde que entregar o poder a Temer não seria mudança.