ANDRÉ SILVA
Não é de hoje as péssimas condições dos pontos de paradas de ônibus em Macapá. São abrigos totalmente deteriorados e sem condições de proteger as pessoas que esperam pelo transporte público. A condição climática nessa época, que é de chuvas intensas, também não ajuda quem precisa chegar ao trabalho, ir à escola ou resolver situações do cotidiano.
Dando uma volta pelos bairros da cidade, não é difícil se deparar com pontos de ônibus completamente sem infraestrutura. Em alguns locais, eles nem existem. Quem precisa pegar o ônibus, tem que enfrentar chuva e sol.
A exemplo disso é uma parada que fica na Avenida José Adilson Pinto Pereira, no Bairro São Lázaro, Zona Norte de Macapá, completamente destruída. Algumas pessoas que a utilizam, dizem que ela está desse jeito há quase dois meses.
“Eu pego ônibus aqui quase todos os dias. É muito difícil ficar esperando, principalmente nesse tempo de chuva, além da segurança que não é muito boa por aqui. Moro há quase dois meses no bairro e é esse mesmo período que a parada está assim. Não tem condições de se abrigar nela, pois temos medo que ela caia em nossas cabeças”, queixa-se a estudante Lorena Camila, de 19 anos.
Rodando um pouco mais e possível encontrar outra parada de ônibus que está quase nas mesmas condições. O teto de acrílico foi danificado e não há como se refugiar.
“Nós já reclamamos muito sobre essa situação aqui, mas ninguém faz nada. Isso é uma falta de respeito com a população”, reclama a manicure Marinete de Sousa, 34 anos.
Cansados de ver as pessoas pegando chuva e sol todos os dias, duas empresas localizadas no Bairro Açaí, Zona Norte de Macapá, resolveram ajudar a população e construíram uma parada novinha. Procuramos os proprietários das empresas, mas eles não quiseram gravar entrevista.
A diretora de transportes da Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac), Daniele Moraes, explicou que a empresa responsável por fazer a manutenção desses abrigos se recusa a prestar o serviço.
“A CTMac notificou a empresa que é a empresa responsável por fazer a manutenção desses abrigos, notificamos também via judicial. A gente chama eles, mas sempre dão desculpas e por isso decidimos notificá-los. Independentemente disso, estamos tentando outras medidas caso a empresa não cumpra sua parte no contrato”, explica.