SELES NAFES
O Partido Progressista (PP) no Amapá passa por mudanças com contorno de crise interna. Depois de expulsar das fileiras o ex-deputado Edinho Duarte, agora sem partido, a legenda perdeu um de seus principais nomes, o do vice-governador do Estado, Papaléo Paes, que vinha ocupando a função de presidente do partido. Esta semana ele anunciou que estava se desligando da legenda.
Nesta sexta-feira, 20, Papaléo, que está como governador em exercício, justificou a saída alegando ‘incompatibilidade de projetos’, especialmente visando as eleições deste ano.
“Tínhamos uma estrutura partidária que tinha forças desproporcionais, o que aumentou com a entrada do deputado (federal André Abdon). O PP, pensado por eles, é incompatível com o projeto do governo, então resolvi sair para não causar constrangimento”, explicou.
Papaléo Paes referiu-se ao projeto de sucessão do prefeito Clécio Luis (Rede), que também é candidato à reeleição. O PP, agora comandado por André Abdon, deve compor o arco de alianças em torno da candidatura de Aline Gurgel para a prefeitura da capital.
O governo, no entanto, tem 3 possíveis candidatos: o deputado estadual Ericláudio Alencar, o ex-prefeito João Henrique, e Jorge Amanajás, que pode ser impedido de disputar a eleição depois da condenação sofrida esta semana em julgamento da Operação Eclésia.
Uma possível aliança com o PP e a família Gurgel também não está descartada na campanha pela prefeitura, mas isso, por enquanto, não é discutido.
Papaléo Paes agora estuda em que partido ingressar. Ele começou a carreira política no Prona aos 37 anos, e aos 39 anos foi eleito prefeito de Macapá, em 1992. Depois disso ele foi eleito senador, e teve passagens pelo PDT, PSDB, PMDB, entre outras legendas.