ANDRÉ SILVA
Uma Organização Não Governamental (ONG) que cuida de mais de 250 animais, maioria cães e gatos, passou a contar com ajuda extra de uma empresa de informática da cidade. A loja decidiu doar 1% do valor arrecadado com as vendas para a ONG.
A ideia partiu da dona da empresa Link Informática, Zinovia Kalapothakis, conhecida pelos amigos e funcionários como ‘dona Vivi’, que conta ter um amor muito grande pelos cães. Ela diz que encontrou na ONG Unidade de Proteção Animal Costelinha (Upac), comandada por Vitor Hugo, a oportunidade de ajudar.
“Eu cresci no meio de 20 gatos e de vários cachorros. Meu marido pediu para eu ficar trabalhando aqui na loja e eu disse que só viria se ele doasse 1% das vendas para a ONG. Faço isso por amor. Se pudesse, ajudaria mais”, conta dona Vivi.
Além de cães a ONG também cuida de um burrinho, encontrado pela dona Vivi. Ela conta o drama de ter visto o animal sofrendo maus tratos. Após denunciar o caso, a ONG de pronto foi buscar o animal e o levou para uma clínica veterinária onde recebeu cuidados.
Vitor denuncia que os cachorros que hoje vivem no canil municipal são maltratados, e que o lugar só serve para que as zoonoses não se proliferem na cidade.
“Não existe nenhuma instituição pública que cuide de fato desses animais”, comenta.
Ele conta ainda que a maioria dos cães que vivem na rua foi abandonada pelos próprios donos, que, em decorrência da crise econômica, não tiveram como cuidar dos bichos.
“Esses animais não estão sendo gerados na rua, porque assim eles não sobreviveriam. Eles estão sendo abandonados pelos donos”, disse Vitor.
Os animais geralmente chegam ao abrigo muito debilitados, e não são raros os casos que necessitam de intervenção cirúrgica. Vitor já chegou a dever mais de R$ 20 mil em clínicas veterinárias de Macapá. Para alimentar a grande quantidade de animais, são necessários 500 quilos de ração por mês.
A ONG recebeu apoio de outros empresários da cidade que chegaram a doar terrenos para instalar um abrigo para os cachorros. A Unidade de Proteção Animal Costelinha surgiu depois do caso da cadela ‘Costelinha’, que quase morreu após ser espancada por um lutador de MMA.
Para ajudar a ONG basta entrar em contato pelo telefone (96) 99174-5934.