MANOEL DO VALE
O plenário da Câmara de Vereadores de Macapá (CVM) recebeu o secretário interino de Educação do município, Paulo Mendes, para dar explicações sobre o processo de compra de uniformes para os alunos das escolas municipais.
O procedimento foi alvo de denúncia protocolada no Ministério Público Federal (MPF), pelo vereador Washington Picanço (PSB) e subscrita pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede). O senador é autor da emenda de R$ 1 milhão investidos no referido contrato para a confecção de 35 mil uniformes, agora sob suspeita de irregularidades.
Paulo Mendes afirmou o compromisso da prefeitura de Macapá (PMM) em apurar o caso do suposto pagamento indevido dos uniformes que foram entregues sem qualidade. Mendes não soube informar quem recebeu e/ou autorizou o pagamento das peças defeituosas ou manchadas.
No momento em que os vereadores começaram a fazer os questionamentos ao secretário interino, um grupo de mototaxistas começou um buzinaço no pátio de acesso às galerias, obrigando o presidente da Casa Acácio Favacho (Pros), suspender a sessão. O presidente da CMV ouviu a reivindicação dos mototaxistas, que protestavam contra a concorrência clandestina.
De volta à sessão, os vereadores quiseram saber, principalmente, o nome dos responsáveis pelo recebimento e pagamentos dos uniformes e qual o tamanho do prejuízo para os cofres públicos.
Há apenas três dias a frente da pasta, o secretário informou que a prefeitura instalou comissão de sindicância para apurar as supostas irregularidades. Paulo Mendes respondeu às denúncias de alguns vereadores, de que crianças estariam sendo impedidas de entrar nas escolas por falta de uniforme.
“Baixarei comunicado a todas as escolas para que não façam esse tipo de procedimento”, ressaltou.
Com relação aos pedidos para que o processo de investigação seja priorizado, o secretário interino garantiu que “todos os processos serão investigados”, enfatizou.
Presente no plenário esteve também o secretário de Relações Institucionais da Prefeitura, Evandro Milhomem.
Nessa quarta-feira, 1, a professora Dalva Figueredo irá à CVM dar suas explicações sobre esse processo e possíveis novas denuncias.