CÁSSIA LIMA
Está marcado para às 16h dessa quinta-feira, 4, no cemitério São José, na zona sul de Macapá, o enterro do estudante Luan Lorrick Fonseca Ribeiro, de 19 anos, assassinado na quarta-feira, 3, durante uma tentativa de assalto. Amigos e familiares disseram que o maior sonho do estudante era ser advogado criminalista.
Luan Lorrick estava de saída do Superfácil onde tinha ido pagar a mensalidade da faculdade de Direito. Com o fim das férias, as aulas estavam programadas para recomeçar na próxima segunda-feira, 8. Faltavam três anos para o estudante do quarto semestre da Faculdade Estácio realizar o sonho de ser bacharel em direito e depois seguir na advocacia criminal.
“Ele não teve tempo de sonhar e ter uma oportunidade na vida. Ele só vivia pra estudar, nunca fez mal pra ninguém. Por que tinha que ter sido ele?”, indagou a mãe do jovem durante o velório na casa da família, no Bairro do Buritizal. 5º
Luan Lorrick era famoso entre os amigos por ser brincalhão, moroso e atencioso. Ele era filho de pais separados e tinha mais quatro irmãos. Entre uma prova e outra da faculdade, ele ainda fazia um curso de conciliação ofertado pelo Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap).
Ele dividia o tempo entre os estudos em Direito e outras duas paixões: dançar no grupo junino Raízes Culturais e pular carnaval na Escola de Samba Piratas Estilizados.
“Ele era cheio de vida. Só estudava e saia com os amigos. Quando soube fui ao local e ao chegar lá não acreditei. Mataram ele como se a vida não valesse nada”, disse emocionada a irmã da vítima, Milla Rodrigues.
Muitos familiares e amigos estavam presentes no velório nessa manhã, entre eles a colega do curso de Direito, Ediana Franklin, que revelou ser difícil voltar às aulas sem o amigo.
“É uma situação lamentável. Vai ser difícil na segunda-feira. Ele sentava bem atrás de mim e sempre guardávamos lugar um para o outro. Dói muito”, comentou Ediana.
Luan Lorrick foi morto a tiros quando tentava fugir dos assaltantes. Ele ainda deu marcha ré no carro, mas não conseguiu escapar. Três suspeitos foram detidos logo após o latrocínio, mas por enquanto apenas um permanece preso.