As primeiras equipes da Defesa Civil já estão em Calçoene (município a 370 quilômetros da capital) para ajudar as famílias que tiveram as casas invadidas pelas águas do Rio Calçoene. O problema é que muitas se recusam a deixar as residências com medo de saques, e a previsão é que o rio suba ainda mais nos próximos dois dias.
O transbordamento do rio foi provocado pelas fortes chuvas que caíram nos últimos três dias e pela força gravitacional da lua, segundo a Defesa Civil. A água passou por cima do muro de arrimo da cidade invadindo na sexta-feira, 25, cerca de 20 casas que ficam na orla da cidade. Neste domingo, a prefeitura já contabilizava cerca de 60 residências inundadas.
Algumas famílias estão abrigadas em escolas, só que muitas preferiram permanecer em seus lares. A prefeitura tem poucas provisões para distribuir. “Estamos fazendo o possível para atender a todos, mas é difícil. Precisamos de mais alimentos e água potável. E a cada hora que passa o número de famílias desabrigadas vai aumentando”, relatou Gerson Costa, assessor de comunicação da prefeitura de Calçoene.
De acordo com a Defesa Civil, a situação deve piorar ainda mais nas próximas horas por causa de um fenômeno chamado “Repique da Lua”. “Os moradores mais relatam que o repique vai ocorrer de novo hoje (domingo, 27) às 19 horas e o ápice do fenômeno será entre a terça e a quarta-feira da semana que vem. Ou seja, o rio ainda vai subir ainda muito”, comentou o coronel Jerrylson, coordenador da Defesa Civil.
Equipes com 10 militares montaram um posto de comando no município, com lanchas, carros pequenos e caminhões para o transporte de famílias e bens para áreas mais seguras.