CÁSSIA LIMA
Com agências cheias e apenas 30% dos serviços funcionando, os bancários do Amapá entram nesta terça-feira, 13, na segunda semana de greve por tempo indeterminado. A principal reivindicação dos 650 trabalhadores do sistema financeiro do estado é o reajuste salarial de acordo com a inflação, pauta da campanha salarial da categoria que realiza o movimento em todo o país.
O Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Sintraf) no Amapá destaca que a pauta do movimento é em torno da reivindicação de 14,71% de data base, participação nos lucros, fim das demissões, contratações de mais empregados, abertura de agências, extinção de metas abusivas e criação de cargos e salários.
“Estamos entrando na segunda semana com esperança de negociações. Amanhã mesmo teremos uma rodada de negociações em São Paulo e esperamos uma boa proposta”, destacou o presidente da Sintraf, Edson Gomes.
A boa proposta que o presidente fala é um aumento de até 10% na data-base. Até semana passada os empresários do setor só queriam aumentar 7%, a categoria pedia 14%.
“Se oferecerem 10% retornamos da greve, mas não vamos aceitar esse 7%. Os empresários tem que reajustar com o mínimo da inflação, caso contrário, não teremos negociações”, frisou o presidente.
Atendimento
No Amapá, assim como no resto do país, a greve reduziu a movimentação nas agências, a grande demanda atual se concentra nos caixas eletrônicos. Serviços como pagamento de contas não vencidas, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais estão com atendimento reduzido.