DA REDAÇÃO
A prefeitura de Macapá decretou situação de emergência no Arquipélago do Bailique, onde a erosão, chamada de “fenômeno das terras caídas”, continua causando destruição. Entre o último domingo, 5, e quinta-feira, 9, mais duas residências foram destruídas. Só na Vila Progresso, principal comunidade do arquipélago, 30 imóveis estão sob risco.
Equipes da prefeitura, formadas por topógrafos, assistentes sociais e outros profissionais, irão até o arquipélago nesta sexta-feira, 10, para uma missão que deve durar duas semanas. A ideia é cadastrar as famílias das 8 ilhas atingidas, e verificar a situação fundiária de áreas escolhidas para receber os moradores que serão remanejados. Ponta da Esperança, Progresso e Campo Grande são as comunidades mais afetadas.
“Vamos identificar as famílias e deslocar elas 200 metros a partir da margem do rio, isso na Vila Progresso. Com auxílio do Incra, na Ponta da Esperança e Campo Grande iremos identificar possíveis posseiros. Não queremos desmatar e abrir novos lotes em áreas que já são ocupadas. Assim evitaremos conflitos”, explica o coordenador das agências distritais de Macapá, Adail Barriga.
A ideia é abrir um novo bairro na Vila Progresso, que receberá famílias das ilhadas afetadas. Inicialmente serão abertos 80 lotes.
A prefeitura estima que 70 metros da orla do Bailique já tenham sido destruídas nos últimos anos. No total, 30 imóveis correm o risco de desabamento. Outros 30 já foram destruídos.
O decreto foi assinado pelo prefeito Clécio Luís (REDE) na noite desta quinta-feira, 9, e permite que a prefeitura execute ações mais rápidas e receba ajuda do governo federal.
Ainda nesta sexta-feira, 10, Clécio será recebido pelo ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, que já havia se encontrado com os senadores Randolfe Rodrigues (REDE) e Davi Alcolumbre (DEM). Na oportunidade, o ministro prometeu liberar recursos para ajudar o arquipélago.