ANDRÉ SILVA
A prefeitura de Macapá quer construir centros comerciais dentro dos conjuntos habitacionais por ela administrados. O Mucajá foi o quarto conjunto a ser visitado pela administração municipal com esse objetivo.
Uma reunião que aconteceu no meio da tarde desta sexta-feira, 3, em uma igreja evangélica que fica dentro do conjunto, reuniu mais de cem pessoas interessadas em ter um espaço para comercializar suas mercadorias. Os conjuntos Mestre Oscar, Macapába e São José já receberam a visita técnica da PMM.
O trabalho consiste em fazer um levantamento dos empreendedores informais que já atuam comercializando mercadorias e serviços nas áreas.
O levantamento dos dados desses comerciantes está sendo feito pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Semdec), que ficará responsável pelo projeto técnico da estrutura do empreendimento que será instalado, se uma feira ou se um centro com prédios comerciais.
O secretário da pasta, Lucas Abraão, não soube precisar quando o espaço ficará pronto, pois tudo depende do repasse da posse do terreno da União para o município. Ele disse que depende do trabalho dos parlamentares em Brasília para o levantamento da verba para o projeto.
“Nós estamos conversando com deputados e senadores para que eles aloquem recursos federais para que esse centro seja construído”, garantiu o secretário.
Mucajá, terra da União
Para que o projeto seja concretizado, a PMM precisa ter a posse do terreno que ainda pertence à União. Para isso, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semast) terá um papel fundamental na construção do projeto junto a Semdec, pois é ela quem vai ouvir a população quanto ao melhor espaço a ser construído.
“A gente ainda não sabe o que a União vai passar para nós, só saberemos hoje, após uma reunião que está acontecendo na Secretaria do Patrimônio da União (SPU). Depois disso nós saberemos que espaço estará disponível para a construção do Centro ou da Feira”, explicou Márcia Lima, coordenadora operacional do comitê gestor do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Ela disse que esse tipo de trabalho já era para ter sido realizado há anos, quando o conjunto foi entregue aos moradores. Nem os documentos desses moradores do conjunto a prefeitura dispõem. Márcia Lima afirma que há dois anos a PMM tenta entender o que de fato aconteceu no Mucajá.
“De um bloco a gente tem o nome de dez moradores, de outros, quinze. Temos muito papel, mas que não dizem nada. Não foi feito uma memória desses moradores, não foi repassado de um governo para o outro. Temos muito Papel mas que não dizem nada”, finalizou a coordenadora.