FERNANDO SANTOS
Na tarde desta quinta-feira, 09, a Associação dos Policiais Militares do ex-Território do Amapá (Aspometerfa), a Associação dos Servidores Militares (Asmeap), a Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e Bombeiros Militar (ASS) e a Associação dos Oficiais da Polícia Militar e Bombeiro Militar divulgaram nota pública de forma coletiva.
A nota mostra o posicionamento das associações sobre o conflito institucional entre a PM e a Polícia Civil, iniciado na última terça-feira, 7, quando a Associação de Delegados de Polícia Civil (Adepol) pediu a prisão preventiva de um grupo de policiais militares que supostamente havia torturado criminosos no momento de apresentação ao Ciosp do Bairro Pacoval.
A nota diz que “as associações jamais aceitarão qualquer atitude que demonstre desrespeito com o efetivo da Polícia Militar do Estado do Amapá, ou que impeçam o combate à criminalidade”.
“Penso que foi um grande equívoco. Nós conversamos com os PMs e eles garantiram que não utilizaram spray de pimenta no interior do Ciosp. Acho que faltou um pouco mais de tranquilidade e experiência na condução do problema na delegacia. É importante também ressaltar que foi um caso isolado, algo não comum”, disse o capitão, Álvaro Corrêa Júnior, presidente da Asmeap.
As associações da PM pretendem buscar diálogo com as entidades que representam a POlícia Civil, mas se não houver êxito, as entidades vão garantir total apoio aos policiais militares, em todos os sentidos, principalmente apoio jurídico.
“A gente espera que haja o entendimento entre as duas instituições, para que de nenhuma forma comprometa a qualidade do serviço, tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil, no atendimento à população. É necessário verificar o que aconteceu com cautela, pra que não haja um problema institucional e que possamos preservar, em especial a população, que é quem paga os nossos serviços. Mas de qualquer forma, vamos apoiar nossos policiais para que eles se defendam das acusações. E se caso, cada um deles quiser, vamos representar, na justiça, abuso de poder, porque eles foram vítimas na delegacia”, garantiu o presidente da Aspometerfa, coronel Ailton Santos.