No AP, categorias aderem à greve geral

Professores estaduais, federais, municipais, rodoviários, bancários e urbanitários estão entre os profissionais que prometem cruzar os braços contra as reformas
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SELES NAFES

Várias categorias de profissionais do Amapá confirmaram para a Central Única dos Trabalhadores (CUT) a adesão na greve geral marcada para a próxima sexta-feira (28). Um ato público será concentrado na Praça da Bandeira e depois será transformado em uma passeata.

Os urbanitários, que compreendem os funcionários da CEA, Caesa e Eletronorte, foram os primeiros a confirmar a paralisação. Os rodoviários, categoria que tem mais de 2 mil funcionários, vão paralisar na hora do rush, entre as 6h e as 8h da sexta-feira.

“Depois volta tudo ao normal”, garante o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Genival Cruz.

Outras categorias como os professores estaduais e federais e os bancários também participarão da mobilização, segundo a CUT.

“Os professores municipais ficaram de decidir em assembleia e os aeronautas farão uma operação tartaruga no Aeroporto de Macapá”, avisou Rogério Pantoja, da executiva nacional da CUT.

Rogério Pantoja, da executiva nacional da CUT: categorias sendo mobilizadas. Foto: Cássia Lima

Rodoviários prometem paralisar de 6h às 8h na sexta-feira

Até a tarde desta terça-feira (25), a central ainda não havia sido informada que os professores municipais também se juntarão aos estaduais.

“Estamos com duas equipes nas escolas informando e mobilizando os professores”, explicou o presidente do Sinsepeap, Aroldo Rabelo.

A greve é um protesto contra as reformas trabalhista e da previdência. Entre os pontos que mais desagradam os sindicatos está a possibilidade de parcelamento de benefícios como férias e 13º salário, e o fim da multa do FGTS.

“A empresa terá a oportunidade de alegar para a justiça que não tem como pagar a multa, e aí a justiça decidirá se acata ou não. Só que nesse momento de crise qual empresa vai dizer que tem dinheiro para pagar a multa?”, questiona Pantoja.

Genival Cruz: para aposentar será preciso trabalhar desde os 16 anos

Na reforma da previdência a idade mínima para a aposentadoria na iniciativa privada é o principal ponto de divergência.

“O brasileiro não vai poder se aposentar se a idade mínima ficar em 65 anos para homens e 60 para mulheres. Para ter 49 anos de contribuição é preciso começar a trabalhar com 16 anos. Não é uma reforma para melhorar”, critica Genival Cruz.

Depois do ato púbico na Praça da Bandeira, ,que começa às 8h, os trabalhadores seguirão em marcha para a Praça Veiga Cabral, onde haverá um novo ato público.

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