ANDRÉ SILVA
O Conselho Administrativo da Superintendência da Zona Franca de Manaus (CAS) aprovou na tarde desta quinta-feira (11) a inserção das duas primeiras indústrias que irão compor o corredor econômico da Zona Franca Verde (ZFV), que oferece isenção de IPI em Macapá e Santana. A decisão foi tomada no início da 279ª reunião do conselho, realizada pela primeira vez fora do Estado do Amazonas. O palco foi o Palácio do Setentrião, sede do governo do Amapá.
As duas empresas são uma fábrica de sorvetes e outra de ração animal, a Q-Sabor (AP) e a Verçosa Alimentos (SP). A empresa paulista irá investir cerca de R$ 75 milhões em maquinários e na construção do prédio que funcionará no Distrito Industrial. A partir de agora, as duas empresas começam a montar seus complexos industriais.
Além das duas empresas, foram anunciadas mais 10 que já estão em processo de análise de projeto na Suframa.
A participação da Agência de Desenvolvimento do Amapá, órgão subordinado ao governo do Estado, foi essencial na análise dos projetos dessas empresas.
“A gente imagina que com a confirmação dessas duas empresas aprovadas pelo conselho para acessar os incentivos da ZFV, a quantidade de indústrias interessadas em se instalar no Estado irá se quadruplicar”, reforçou o presidente da agência, Eliezir Viterbino.
Exportações
A reunião foi conduzida pelo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Exportação, Marcos Pereira, que esteve no Estado para participar da reunião que inseriu o Amapá no Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE).
O plano pretende aumentar o número de empresas que operam no comércio exterior e promover o crescimento das exportações de produtos e serviços manufaturados com maior valor agregado.
“É o setor produtivo e setor privado que geram empregos e a geração de vagas no mercado de trabalho é o nosso grande desafio nesse momento que estamos vivendo”, enfatizou o ministro.
O governador Waldez Góes (PDT) afirmou que a partir deste segundo passo dado dentro do processo da regulamentação da ZFV , os produtos do Estado passarão a ter maior valor agregado, e isso gerará riqueza para o Amapá. Na ocasião, ele anunciou a doação de um terreno para a construção da sede da Suframa no Estado.
“Estamos tornando mais viáveis os projetos daquelas indústrias que pretendem trabalhar no Amapá. Nós definitivamente viabilizamos o processo de industrialização de matéria prima animal, vegetal e mineral do Estado”, avaliou o governador.