DA REDAÇÃO
O Ministério da Ciência e Tecnologia decidiu manter funcionando no Arquipélago do Bailique, a 150 quilômetros de Macapá, o programa de incentivo à produção dos superalimentos. Foi necessária a intervenção política para que o programa não fosse suspenso ou sepultado de vez por falta de recursos.
O assunto foi discutido no último sábado (27), entre o deputado federal Marcos Reátegui (PSD) e representantes da Organização de Cooperativas do Brasil (OCB). Os produtores do Bailique querem que o programa continue sendo executado na região.
O açaí e o camu-camu são os alimentos que estão no foco. O camu-camu, por exemplo, já está sendo estudado para que seu princípio ativo seja transformado em medicamento.
A fruta, nativa e abundante na região do Bailique, tem 30 vezes mais vitamina C do que a laranja, e é a segunda fruta do mundo com maior teor dessa vitamina. A campeã é a kakadu, da Austrália.
O que a Cooperativa de Produtores do Bailique quer é o conhecimento científico para explorar o fruto. Por isso, o Ministério da Ciência e Tecnologia está formando dentro do Bailique 17 tecnólogos em superalimentos.
Outro avanço conquistado pela cooperativa com apoio do professor universitário e pesquisador Rubens Gomes, foi certificação do açaí com o FSC, um título que atesta a qualidade internacional do açaí.
“Quem tem essa certificação tem passaporte para vender no mundo inteiro, dos Estados Unidos ao Japão”, explica o consultor Alberto Góes, que ajudou na interlocução da OCB com o deputado e o Ministério da Ciência e Tecnologia.
Na quinta-feira passada (25), o ministro Gilberto Kassab, que é do mesmo partido de Marcos Reátegui, recebeu representantes da OCB, o consultor Alberto Góes, e o empresário Fábio Renato. Ele garantiu a continuidade do projeto e a realização de um seminário sobre tecnologia no Amapá.
“Como deputado voltado ao empreendedorismo em todas as áreas, estou trabalhando para gerar para a organização as melhores condições de desenvolvimento de superalimentos, a partir do açaí, do camu-camu, da produção de proteínas como frango, suínos e peixe”, enfatizou o parlamentar.
Também ficou acertada a a visita ao Amapá do presidente da Telebrás, Antônio Loss. É a Telebrás, que é subordinada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, quem vai operar o satélite brasileiro lançado no dia 2 de maio. Pela primeira vez, a região amazônica terá um satélite gerando internet de banda larga.