Portadores de deficiência física que usam cadeiras de rodas fizeram um protesto no fim da manhã desta segunda-feira, 14, na rotatória que liga Macapá ao município de Mazagão, distante 70 quilômetros da capital. Por alguns instantes eles chegaram a boquear a pista para reclamar da falta de acessibilidade nos ônibus que cobrem o trecho.
Atualmente, são 25 cadeirantes moram em Mazagão e tem dificuldades para chegar a Macapá. “Após muitas denúncias de nossos associados sobre esse problema em Mazagão, resolvemos fazer um protesto para saber como as autoridades poderiam conversar conosco e resolver esse problema”, justificou o presidente da associação, José Carlos Sampaio.
A Associação dos Deficientes Físicos do Amapá estará se reunindo na manhã de terça-feira, 15, com o Ministério Público da Comarca de Mazagão para debater o problema. Hoje, os deficientes físicos tem que gastar com transporte alternativo.
Após os protestos, funcionários da Secretaria de Transporte do Amapá (Setrap) anunciaram que estaria sentando com a associação para conversar sobre o problema, assim como o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amapá (Setap), em uma rodada de conciliação junto ao MP de Mazagão. “Nós precisávamos fazer esse protestos pois, de acordo com a lei da acessibilidade, todos os transportes públicos devem ter acessibilidade até o fim desse ano, uma mudança que ainda não vem sendo notada no Amapá”, avaliou o presidente.
José Carlos adiantou que esse manifesto foi apenas o primeiro. É preciso debater o mesmo problema nas cidades Ferreira Gomes, Porto Grande, Serra do Navio e Laranjal do Jari.