OLHO DE BOTO
Uma operação conjunta da Polícia Civil com apoio do serviço de inteligência do 1°Batalhão da Polícia Militar (1ºBPM) terminou com a apreensão de vários carretéis de “linha chilena”, na tarde desta terça-feira (4), em Macapá.
De acordo com o delegado Anderson Silvan, da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP), o material está sendo oferecido por várias pessoas em redes sociais como Facebook, Whatsapp e OLX. O produto é conhecido por ser até 4 vezes mais cortante que a linha de cerol.
Os principais compradores são crianças e adolescentes. O responsável pela comercialização foi localizado e todo o material encontrado com ele foi apreendido. O homem que realizava a venda será intimado e, posteriormente, indiciado. Foram apreendidos mais de 6 quilômetros de linha chilena.
O delegado alerta que quem for pego vendendo esse tipo de linha será indiciado.
“Pedimos que os pais fiscalizem os filhos que estejam usando esse tipo de material porque os filhos é quem podem ser as próprias vítimas da linha chilena. Temos notícias de pessoas que morrem por esse motivo”, disse o delegado.
Anderson Silvan explica também que a Polícia Civil com a investigação e início da operação atende a uma grande quantidade de denúncias anônimas envolvendo os riscos do uso de material cortante em pipas.
“Iniciamos a investigação pelo clamor popular, são muitas denúncias. Vamos atrás dessas pessoas denunciadas para apreender esse material. É um crime que tem prevenção de detenção de dois a até cinco anos”, concluiu.
O telefone da DECCP para denunciar o comércio ilegal de linhas chilenas ou uso de cerol é o 2101 2315.
Material cortante e pipas: risco para pedestres e condutores
O mototaxista Abindes sabe dos perigos que correm pedestres e condutores com a chegada do mês de julho. Ele utiliza uma antena de proteção para não ser atingido por uma linha cortante.
“Nesse período de verão, com a antena ficamos protegidos de ser cortados por uma linha encerada. Isso nos protege, tanto o condutor, quanto o passageiro. Quem não usa corre risco. A linha prende no pescoço e pode até decepar alguém”, comentou.
Ele lamenta ainda a falta de cuidado de quem usa pipas e não escolhe um lugar adequado para a prática.
“É um lazer que trás perigo para a população”, finalizou.