DA REDAÇÃO
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, tem prazo de 72 horas para explicar porque a Polícia Federal desmontou a força tarefa de delegados da Lava-Jato. O prazo é derivado da ação protocolada pelo senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP).
O senador ingressou com a ação popular, na última sexta-feira (7), na Justiça Federal de Macapá. O processo está com o juiz Hilton Sávio Gonçalo, da 6ª Vara Federal.
No pedido de liminar, o senador solicita a suspensão da “reestruturação” do grupo de delegados e a manutenção da força tarefa dedicada exclusivamente às investigações dos casos de corrupção envolvendo empresários e políticos.
A suspensão valeria até que o Ministério da Justiça apresente estudos sobre os impactos dessa medida na Operação Lava-Jato.
“Tendo em vista a relevância dos fatos articulados na petição inicial, intime-se a União para que se manifeste sobre o pedido liminar, no prazo de 72 (setenta e duas) horas”, disse o juiz federal.
Randolfe Rodrigues acredita o ministro foi “contratado para barrar a Lava-Jato”, visando “sufocar por inanição” os trabalhos dos investigadores.
A manobra, acrescenta o senador na petição, tenta blindar o Planalto para uma rebelião da opinião pública.