SELES NAFES
O Ministério Público do Amapá (MP) abriu procedimento preparatório para a abertura de um inquérito civil público com o objetivo de investigar as denúncias de poluição gerada pela Jari Celulose, no município de Vitória do Jari, no sul do Amapá.
A fábrica, que trabalha dia e noite, é acusada pelos moradores de emitir fumaça altamente tóxica e foram dos padrões ambientais. Os idosos e crianças são os que mais sofrem com o forte cheiro, especialmente à noite.
“Pelo cheiro, densidade e coloração da fumaça parece ser dióxido de enxofre”, avalia o promotor de Justiça, Adilson Garcia, que esteve em Vitória do Jari, entre os dias 11 e 18 de julho, averiguando a situação em apoio à promotoria da região.
O dióxido de enxofre em contato com a água se transforma em ácido sulfúrico. O ácido, em conta com as partículas de água no ar, pode provocar a famosa chuva ácida, capaz de matar peixes e provocar doenças de pele.
Garcia gravou um vídeo com moradores de Vitória do Jari que relatam problemas respiratórios causados pela fumaça. Assista.
O promotor conversou com diretores da empresa e uma reunião foi marcada em Vitória do Jari com participação de representantes da Jari e de órgãos de fiscalização ambiental do Amapá e do Pará.
Garcia, que é promotor de Meio Ambiente de Santana, pretende atuar em conjunto com as promotorias da região do Jari e do município de Almeirim (PA).