ANDRÉ SILVA
Os moradores do Bairro Ipê, na zona norte de Macapá, estão reclamando da falta de atenção do poder público para as necessidades básicas da comunidade, com mais de 9 mil moradores. Os problemas vão de falta de saneamento básico à atenção com a saúde.
O bairro não é atendido pelo Programa Saúde da Família (PSF) e para conseguir uma consulta na Unidade de Saúde mais próxima, é preciso passar a madrugada na fila.
Regularização dos lotes
A luta pela regularização do lote, também é uma briga antiga. Eles disseram que o dono do lote onde fica localizado o bairro, abriu processo judicial contra o governo do Estado requerendo 30% restante do valor de venda do local. Enquanto o valor não for pago os lotes não podem ser legalizados.
“Queríamos a regularização do bairro. Com ela nós poderíamos acessar serviços de saúde, saneamento, pavimentação das ruas a construção de um bosque aqui nessa área que já serviu até de esconderijo para bandidos e estupros”, enumerou o presidente da Associação de Moradores do Bairro Ipê, Alexandre Menezes de Souza.
Transporte
O auxiliar administrativo Jaime Clemente, de 61 anos, aponta além dessas necessidades, a falta de uma linha de ônibus que faça o itinerário Ipê/São Camilo e Ipê/Universidade. O ônibus que passa no bairro atende o Conjunto Mestre Oscar e a única linha que faz é Ipê/Centro.
“A gente nem queria que esse ônibus ficasse só aqui dentro do Ipê, mas que ele atendesse também o conjunto Mestre Oscar que fica aqui do lado”, falou o morador.
Saúde
Waldeci Ferreira, de 45 anos, mora no bairro há 13 anos e diz que outra dificuldade é a falta de uma unidade de saúde.
“Para conseguir consulta você tem que passar a noite em claro e às vezes nem consegue”, protestou o morador.