ANDRÉ SILVA
“Vou ter a minha casa de volta”. A frase foi dita de forma emocionada Miriauria Gadelha Soares, de 35 anos. A família dela é uma das mais de 2,2 mil beneficiadas com a entrega da segunda etapa do Conjunto Habitacional Macapaba, que aconteceu na tarde deste sábado (19), na zona norte de Macapá.
O nome dela está entre os 300 que tiveram a casa destruída pelo incêndio do Bairro Perpétuo Socorro, ocorrido em 2013. Eles estão isentos do pagamento das parcelas do imóvel, depois de uma articulação do governo do Estado e da bancada federal no Ministério das Cidades, que vai arcar com o valor.
Ela e o marido (foto em destaque), Nelson de Almeida Neri, de 36 anos, lembram com pesar o dia do incêndio.
“Perdemos tudo, não deu pra salvar nada. Só ficamos com a roupa do corpo. Por isso, hoje é um dia muito importante para nós”, comemorou o marido.
Para a entrega dos imóveis estiveram presentes o governador do Estado Waldez Góes e o ministro das Cidades, Bruno Araújo, além de outros representantes dos governos estadual e federal.
“A habitação é a base da família. Ela dá tranqüilidade para cuidar da educação de seus filhos e melhorar a qualidade de vida. Ela é o ponto central da estabilidade da família”, discursou o ministro.
O governador Waldez fez um apanhado de projetos habitacionais que estão esperando o aval do governo federal para serem executados no Estado, como o conjunto Miracema, na Rodovia Norte-Sul, e outro no mesmo local onde aconteceu o incêndio do Perpétuo Socorro.
Ele reforçou que o processo foi muito criterioso para evitar os mesmos problemas enfrentados na primeira etapa do conjunto, onde mais de 200 unidades serão desocupadas.
“Tudo isso por falha no processo de seleção. Eu quero estar seguro de que isso não se repita no Macapaba II. Estamos bastante vigilantes. Acho que é uma injustiça algumas pessoas se aproveitarem de direito de outras pessoas que mais precisam”, criticou Waldez.
A entrega das chaves aconteceu hoje, mas a mudança das famílias só ocorrerá na terça-feira (22).
Creches e escolas
Além dos apartamentos, o conjunto contará com duas escolas de ensinos fundamental e médio que estão em construção; além de duas creches (uma está em processo de licitação); um terminal de ônibus; uma unidade básica de saúde; uma feira e uma base da Polícia Militar (PM), aparelhos que deveriam ter sido construídos junto com a primeira etapa do conjunto.