SELES NAFES
O senador pelo Amapá, Randolfe Rodrigues (REDE-AP), praticamente descartou a possibilidade de disputar o governo do Estado, no ano que vem, como quer o PSB.
Durante encontro com as principais lideranças da legenda de João Capiberibe, o parlamentar evitou dizer não, mas deixou claro que só aceitará ser candidato se o PSB apresentar uma ampla aliança centro/esquerda, o que é bastante improvável dado o histórico recente do partido nas últimas campanhas, quando praticamente disputou isolado.
No atual cenário seriam muito poucas as legendas participando dessa aliança proposta pelo PSB. Num rápido exercício de imaginação, é possível ver apenas o PSB e o PSOL numa coligação, ou seja, quase nada comparado à aliança que hoje governa a capital, Macapá, composta de pelo menos 10 partidos, dentre os quais a REDE.
E essa equação fica ainda mais complexa porque a maioria dos partidos está hoje dividida entre os dois grupos que comandam o Amapá, ou seja, estão nos grupos de Waldez Góes e Clécio Luis.
Procurado pelo portal SELESNAFES.COM nesta terça-feira (22), Randolfe confirmou o encontro com os caciques do PSB, e disse que não pode ser “candidato de si mesmo”.
“Não posso trocar uma ampla aliança por uma aliança restrita e fechada. Eu disse que não descarto, que até poderei aceitar ser candidato de um consenso de centro esquerda que tenha partidos como o PV, PT, PTB do Lucas, e outros. Se me apresentarem uma aliança dessa, com condições de ganhar a disputa, tocar um programa de trabalho e ter uma boa bancada na Assembleia, eu disputarei”, frisou.
Em entrevista ao SNTV, canal de vídeos no Youtube do portal SN, no último sábado (19), o ex-governador Camilo Capiberibe disse que o PSB recuará para apoiar Randolfe Rodrigues ao governo do Estado, em 2018.
O convite do PSB, contudo, é visto como uma tentativa de fazer Randolfe, pressionado pela opinião pública, desistir da reeleição, o que, em tese, deixaria o caminho relativamente mais fácil para Capiberibe tentar renovação do mandato.