ANDRÉ SILVA
Em menos de dois meses, o preço do gás de cozinha passou por cinco reajustes no Amapá. Até o dia 7 de setembro, um botijão de 13 quilos custava R$ 60, hoje, o valor chega a R$ 75 em algumas distribuidoras. De acordo com o Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás do Amapá, foi impossível segurar o preço depois dos reajustes passados pela Petrobras.
O último aumento de preço foi anunciado pela estatal no dia 10 de outubro, um de 12,9% nas distribuidoras.
A dona de casa Maria de Lourdes Sousa, de 41 anos, disse que vem observando o aumento, e que o valor do produto tem pesado no orçamento da família, que, às vezes, opta por botijões menores.
“A gente acaba tendo que comprar o gás menor por causa do preço”, lamentou a dona de casa.
Em junho deste ano, o portal Selesnafes.com apurou que acontecia uma disputa entre distribuidoras de gás no estado, o que fez o preço do produto despencar para R$ 60, à época. O valor foi praticado até o início de setembro. De lá para cá foram cinco reajustes, segundo o presidente do sindicato, Carlos Reis.
Ele disse que a Petrobras segurou o preço do produto por muito tempo. Ao equiparar os valores em nível mundial, o preço disparou. Ele acredita que a botija possa chegar a quase R$ 100, em poucos meses.
“A Petrobras estava tendo um prejuízo no gás há anos no Brasil, devido a má gestão. Eles estavam segurando o preço. Todos esses aumentos partiram da Petrobras, nenhum partiu das distribuidoras”, justificou o presidente.