LEONARDO MELO
Ao frequentar o Complexo Beira Rio, um dos principais cartões postais de Macapá, é difícil não se impactar com a bagunça provocada pelo comércio informal. É o caos.
Todos, claro, precisam trabalhar, mas a maioria faz isso sem autorização, ou usa os espaços de forma desordenada. Tem ainda os que expõem crianças e adultos a choques elétricos por causa das ligações clandestinas. É a verdadeira “Feira Maluca”.
Apenas os batateiros têm autorização para trabalhar no local. Mas o perímetro que eles usam estende-se por parte do gramado e passeio público. Misturam-se a isso os vendedores de brinquedos importados, de drinques, churros, e churrasquinho, entre outros produtos.
No local também funciona um parque de brinquedos infláveis e camas elásticas. Os modelos são os mais variados possíveis. Para os filhos brincarem por 10 minutos, os pais pagam R$ 5. O gramado que havia no local, antes deles se instalarem, sumiu faz tempo.
Quem frequenta o local diz que toda essa bagunça transforma o lugar em um gueto, e desvaloriza o que deveria ser um dos pontos mais bonitos da cidade.
“A maioria esta aí por que precisa, mas o lugar deveria ser mais organizado”, opina o repositor de mercadorias, Jonatas Neris, de 27 anos.
A estudante Joice Brito, de 29 anos, acha que se o lugar fosse mais organizado pela prefeitura de Macapá, o espaço atrairia mais gente.
“Está muito desordenado. Mas precisamos ver os dois lados, eles (os vendedores) também precisam”, considerou a estudante.