ANDRÉ SILVA
Há mais de 2 anos, quando chega o inverno em Macapá, os moradores da Rua Luiza Picanço, no bairro São Lázaro, zona norte de Macapá, reclamam do mesmo problema: um lago que se forma no meio da rua e atrapalha a passagem de carros e pedestres. O caso já foi parar no Ministério Público, mas, até agora, nada foi feito.
A rua é asfaltada, mas a água não tem para onde escorrer. O aposentado Luis Carlos, de 47 anos, acredita que a obra não tenha sido executada no padrão correto para o escoamento da água da chuva. Ele diz que antes da construção das calçadas, a água escorria pelo quintal de dois vizinhos até a rua de trás. Uma das casas chegou a cair por causa disso.
Em fevereiro deste ano, ele protocolou a denúncia no MP, mas diz que não recebeu nenhuma resposta.
“Não sei mais para quem recorrer. Já estamos em dezembro. Quando vi que não ia dar nada, larguei de mão”, protestou o morador.
Maria Dorama Cardoso, de 61 anos, mora no local há mais de 30 anos. A casa dela foi uma das que caiu na época da chuva por causa da força da água. Ela foi presidente da associação de moradores do bairro e acompanhou a última obra que aconteceu na via.
Dorama conta que embaixo do asfalto foram colocadas manilhas, mas os trabalhos não foram concluídos. O padrasto dela foi obrigado a se mudar da casa, pois a locomoção dele ficou prejudicada, conta.
“É complicado viver assim. Um ponto de venda de açaí que fica aqui no perímetro, fechou. O comércio ali do canto, fechou. A rua, quando alaga, ninguém se arrisca a passar de carro. Às vezes, meus vizinhos precisam dar a volta na rua para chegar em casa”, reclamou.
A Secretaria Municipal de Obras (Semob) informou que vai realizar uma ação imediata e dar solução ao problema.