A arte de esperar o ônibus na chuva

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É sempre no começo do período chuvoso que velhos problemas reaparecem da capital. Buracos, lama, alagamentos. Um deles é a falta de abrigos nas paradas de ônibus. Estudantes e trabalhadores reclamam do descaso. E enquanto o poder público não toma providencias, o jeito é se esconder em abrigos improvisados, marquises de mercearias, lojas ou de residências. De 800 pontos cadastrados pela Companhia Municipal de Transportes (Ctmac), apenas 300 possuem abrigos.

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O drama é tamanho, que às vezes desperta a solidariedade. No Centro, um morador decidiu construir um abrigo de madeira na frente da casa onde mora na Avenida Antônio Coelho de Carvalho. “Os estudantes ficavam todos na varanda da minha casa tentando se proteger desse sol e chuva. Então decidi construir essa coberta para ajudar as pessoas que não têm nem onde sentar”, justificou o alfaiate Everaldo Palheta.

Diretor de Transportes, Michel Braz

Diretor de Transportes, Michel Braz

A Ctmac diz que já tem recurso para a construção dos abrigos. Uma emenda parlamentar do deputado federal Evandro Milhomen (PC do B) garantirá a instalação de 50 abrigos na cidade. De acordo com o diretor de Transportes, Michel Braz, há estudos da companhia sobre novos modelos para abrigos, já que os atuais não atendem a necessidade dos passageiros. “O dinheiro já está em mãos, estamos esperando a equipe da Ctmac terminar o planejamento e mostrar o novo modelo. Esse atual que temos na cidade não atende o contingente de passageiros e nem as necessidades climáticas do município”, explica.

Lilia Moraes

Lilia Moraes

Apesar do anúncio da construção de 50 abrigos, ainda faltarão 250 para atender os usuários. “Eu uso a cobertura dessas lojas pra me proteger da chuva, a cidade toda é assim só lembram do centro comercial”, reclama indignada a estudante Lilia Moraes.

Seles Nafes
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