Ninguém segura os Peixinhos Voadores

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O nome “Peixinhos Voadores” é muito conhecido em Macapá, e apesar de todas as dificuldades ele continua fazendo a diferença na vida de muitos pequenos amapaenses. O projeto de formação de cidadãos é baseado nos preceitos da Polícia Militar e nos ideais de um ex-nadador.

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Sebastião das Graças Mota Dias, o Professor Mota, é o idealizador desse projeto que ganhou  esse nome por causa de um apelido que Mota recebeu quando era atleta da Aeronáutica. “Nos anos de 1960, quando ainda era um moço, um cadete da Aeronáutica Brasileira, comecei a competir representando o Brasil em competições militares. Consegui várias medalhas na natação, e como o nosso batalhão teve mais três atletas com grande destaque, surgiu o nosso apelido, ‘Peixes Voadores’”, lembra ele.

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Trinta e três anos depois, o apelido virou um dos mais conhecidos e abrangentes projetos sociais do Estado, além de celeiro de um grande celeiro de atletas. “Esse é o meu orgulho. Conseguir dar prática esportiva a esses jovens me engrandece muito. Ver que uma criança preferiu o caminho do esporte ao da marginalidade é um grande prêmio para mim”, avalia o coordenador do projeto.

As braçadas desse amante da natação iniciaram ainda no início dos anos 60 com o Capitão Euclides Rodrigues (nome oficial da chamada Piscina Olímpica), em um projeto semelhante aos Peixinhos Voadores. O local dos treinos era a então Piscina Territorial, atrás da escola Barão do Rio Branco.

Pentacampeão pela Tuna luso-brasileira (PA); tricampeão Norte Nordeste pela seleção paraense, tricampeão brasileiro das Forças Armadas, vice-campeão da Travessia do Rio Negro em Manaus, quarto colocado na travessia da Baía do Guajará, são alguns dos títulos colecionados nessa trajetória. “Me orgulho em dizer que fui o primeiro atleta do Norte do Brasil a conseguir nadar cem metros em um minuto”, exaltou.

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Toda essa trajetória se transformaria no dia 14 de abril de 2002, quando o então aposentado da Força Aérea Brasileira idealizou o projeto começando com sete crianças. Hoje o Peixinhos Voadores atende 750 jovens de seis a 17 anos. “Fiz o projeto na época e apresentei ao comando da Polícia Militar, consegui a aprovação e estamos até hoje presentes no calendário esportivo do Amapá”, comemora Mota.

Para-nadadores

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O projeto de natação tem ido além e começou a abrir as portas para portadores de necessidades especiais dentro de um conceito inclusão social de deficientes.Com o slogan a “Arte da Vida é a Superação” o projeto está com vagas abertas em seus quatro polos: Comando Geral de PM (Macapá); Batalhão Ambiental (Santana); Escola Igarapé da Fortaleza (Distrito de Santana) e na Praça Pública de Mazagão.

Os interessados devem levar foto 3×4; certidão de nascimento ou identidade, comprovante de residência, e o responsável legal deve estar presente no ato da inscrição. Pelo visto, ninguém segura os Peixes Voadores.

Seles Nafes
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