Um ano que promete

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O ano novo ainda engatinha, início de uma jornada que promete ser longa e cheia de emoções. Logo logo as passadas se firmarão e a caminhada ganhará velocidade.

Na política, 2014 já começa agitado no Amapá. Por conta da possível mudança no comando da Assembleia Legislativa, com retorno da dupla Moisés/Edinho. Situação que, a se confirmar, pode trazer embaraço ao projeto político do governador Camilo, que passa pelos arranjos com o Legislativo.

No Setentrião, por sinal, nem dá para pensar em férias. Passado o recesso de fim de ano, é preciso arregaçar as mangas e trabalhar. Muito. Camilo tem que correr atrás do prejuízo, se quiser chegar em melhores condições para tentar a reeleição.

O governo do estado está abrindo o saco de bondades, para tentar cativar os cidadãos-eleitores. A decisão de fazer e acontecer, contudo, encontrará obstáculos. A começar pelas limitações orçamentárias, financeiras e técnicas do Executivo.

Não faltarão, também, as armadilhas preparadas pela oposição e as eventuais ações restritivas dos órgãos de controle – entre esses, o mais ativo, até o momento, tem sido o TCE, fonte de constantes dores de cabeça para o governador. O que, segundo porta-vozes do PSB, está diretamente relacionado à disputa por liberação de fatias do orçamento para o tribunal.

O fator clima também pode ser outro complicador. Se o período de chuvas, que começa, for intenso, como tem sido nos últimos anos, o avanço das obras de infra-estrutura fica comprometido. O que é especialmente ruim para Camilo, que ainda não conseguiu entregar grande parte do que prometeu à sociedade.

Na oposição, Waldez Góes é um nome forte. Não houvesse, para ele, barreiras judiciais a superar, o projeto de uma volta ao comando do governo estaria voando em céu de brigadeiro. Mas esperar calmaria em uma rota eleitoral é pura ilusão. Não faltarão grandes turbulências no percurso.

Por falar em turbulências, o ano da Copa do Mundo pode trazer tempo ruim para os políticos de modo geral. A se repetirem as ondas de manifestações que varreram o Brasil no ano passado, no rastro da Copa das Confederações, a instabilidade será a tônica da campanha eleitoral. Um cenário que só beneficiaria possíveis novatos na carreira, que tenham algum lastro na sociedade, ou políticos com vida pregressa imaculada. Em ambos os casos, os exemplos contam-se nos dedos.

Marcelo Roza

Seles Nafes
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