Violência contra a mulher no AP teve mais de 10.000 casos em 2013

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A iniciativa das vítimas e de parentes ou amigos em denunciar são as principais causas do aumento significativo de registros na Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM). Ano passado, foram 784 denúncias a mais que em 2012. Atualmente, a violência contra a mulher é uma preocupação do Estado brasileiro. O país ocupa o sétimo lugar no ranking mundial.

Delegada Andreza Monteiro - "A Lei Maria da Penha deu um pouco de fôlego de justiça a essas mulheres violentadas"

Delegada Andreza Monteiro – “A Lei Maria da Penha deu um pouco de fôlego de justiça a essas mulheres violentadas”

Desde o advento da Lei Maria da Penha, em 2007, as delegacias registram um aumento significativo de ocorrências contra o sexo feminino. “Não é que o número de crimes aumentou, é que as mulheres e parentes estão agora denunciando mais. A lei Maria da Penha deu um fôlego de justiça a essas mulheres violentadas”, explicou a delegada plantonista da DCCM, Andreza Monteiro.

De acordo com a Delegacia de Mulheres, em 2012 foram 9.997 denúncias. Em 2013, 10.646. Dominam as ocorrências a lesão corporal, ameaça e violação de domicilio. Os bairros com maior registro são Congos, Novo Buritizal e Novo Horizonte, segundo um levantamento recente realizado pela Secretaria Extraordinária de Políticas para as Mulheres.

O local onde comumente ocorrem situações de violência contra a mulher é a residência da vítima, independentemente da faixa etária. A violência paterna é substituída pela do cônjuge ou do namorado. A partir dos 60 anos, em muitos casos são os filhos que assumem esse papel de agressor. “A maioria dos casos ocorre do fim de semana, das seis da tarde à meia noite. Sempre são brigas entre familiares e o período de férias registra maiores índices”, revela a gerente de enfrentamento a violência da secretaria, Rosângela Miranda.

Rosângela Miranda, coordenadora de enfrentamento da secretaria - "O período de férias registra os maiores índices".

Rosângela Miranda, coordenadora de enfrentamento da secretaria – “O período de férias registra os maiores índices”.

Os dados revelam ainda, que antes de serem agredidas fisicamente, 40% das mulheres foram submetidas à tortura psicológica. Entre os casos, 73% das vítimas denunciaram o marido como agressor; 63% dos agressores são viciados em drogas ou bebida alcoólica.

Seles Nafes
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