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Propaganda

Na avaliação dos estudiosos do carnaval, algumas escolas pecaram ao tentar fazer propaganda política ou comercial durante o desfile do último fim de semana. Um dos casos mais escancarados foi o da Embaixada de Samba Cidade de Macapá, que levou para a avenida em pleno ano eleitoral um enredo baseado na vida do senador José Sarney (PMDB). Para não dar muito na vista (como se isso fosse possível), a escola abordou o lado literário do político.

Medo da Justiça

Sarney como poeta. O homenageado só apareceu como alegoria

Sarney como poeta. O homenageado só apareceu como alegoria. Foto: Sílvia Tereza

Sarney, aliás, justificou no dia seguinte ao desfile da Cidade de Macapá porque não desfilou na escola: queria evitar problemas com a Justiça Eleitoral. Mas também nem apareceu no sambódromo. O episódio demonstrou que Sarney vai mesmo tentar um quinto mandato de senador pelo Amapá.

Tempo leva tudo

O tempo cura tudo mesmo. Depois de chamar de “moleque” para o governador Camilo Capiberibe (PSB) no auge da briga orçamentária de 2011, o desembargador (hoje aposentado) Mário Gurtyev, tem demonstrado que o episódio foi superado por ambos. Tanto é que na segunda noite de desfile o magistrado era convidado especial do camarote do governador.

O quase incêndio 

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Mas o desfile deste ano não gerou cenas inusitadas só nos camarotes. Na avenida Ivaldo Veras o carro alegórico que teria custado R$ 100 mil para a Piratas da Batucada por pouco não pegou fogo. O problema foi ocasionado por um gerador que superaqueceu. Se não fossem os brigadistas de plantão, a cena teria sido pior do que mostra a foto acima feita por um espectador.

Dedicação

“Eu me mudei pro barracão de alegorias”, desabafou a presidente da Boêmios do Laguinho, Daiana Ronieli, logo depois do anúncio do resultado, referindo-se à rotina dela e de boa parte da escola na rede final dos preparativos para o desfile deste ano.

Apoio privado

A escola pode ter iniciado uma nova fase na era relação com a iniciativa privada. Além da união dos moradores do Laguinho e de outros bairros, houve uma grande mobilização de empresas. Só uma delas, a LMS do empresário Luciano Marba, assumiu sozinha a construção da sede da agremiação. Dois carnavalescos da Vila Izabel, do Rio de Janeiro, vieram reforçar a escola.

Tratamento vip, com salário baixo

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O salário até pode ser baixo, mas os médicos cubanos que trabalham no Amapá tiveram tratamento vip nas duas noites de desfile no sambódromo. Foram convidados de honra do camarote do governo, onde foram bem servidos sem precisar gastar um centavo. Muito justo, mas o salário ó…!

 

Seles Nafes
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