“Governo poderia dar mais se quisesse”, afirma sindicato dos professores

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A Assembleia Legislativa do Amapá aprovou na manhã desta segunda-feira, 7, o reajuste salarial dos servidores do magistério. Foi o mesmo percentual que o governo queria, 2,32, apesar da pressão da categoria que reivindicava 35,12% para alcançar o piso nacional da categoria, e no mínimo 11%. O projeto aprovado foi enviado pelo Executivo. 

 

Professores acompanharam a votação na Assembleia

Professores acompanharam a votação na Assembleia

O governo concedeu reajuste de 6% para todos os servidores do Estado. No caso dos professores, houve mais 2,32% aprovados pelos deputados nesta segunda. Nas últimas semanas, os professores se mobilizaram para pressionar o governo a dar no mínimo 11%, o que segundo eles caberia no orçamento do estado. Representantes da categoria participaram de mesas de negociação com o governo e no fim de semana fizeram assembleia onde a proposta governamental foi rejeitada. Contudo, os professores não farão greve por conta do período eleitoral.

Para o Sinsepeap, o governo não conseguiu convencer que poderia dar apenas 8%. “Na verdade o governo não mostrou dados concretos para a classe. Nas nossas análises tinha como ampliar até 11% se ele quisesse fazer isso. Mas, não fez. Viemos para Assembleia apreciar a votação desse reajuste, mas não vai ficar assim”, avisou o presidente do sindicato Aroldo Rabelo.

Presidente do Sinsepeap, Aroldo Rabelo: "não vai ficar assim"

Presidente do Sinsepeap, Aroldo Rabelo: “não vai ficar assim”

Para o governo do Estado, o reajuste de 35,12% é totalmente inviável. O governo afirma que nenhuma das porcentagens sugeridas pelo Sinsepeap cabe no orçamento do estado. 

De acordo com o sindicato, o estado tem o prazo até terça-feira, 8, para ajustar os salários acima do valor da inflação, mas já teria adiantado que não fará isso devido. O sindicato diz que essa divida de 26% abaixo do valor da inflação será cobrada. “O correto era 35% de acordo com a inflação que foi de 5,91%. Vamos lutar para que o estado pague esse 26% que ele nos deve, nesse governo ou no outro”, afirmou Rabelo.

O sindicato argumenta que nenhum dos reajustes concedidos aos educadores pelo governo do Estado chegou perto do piso salarial nacional da categoria. De 2011 até agora foram acrescentados 18,13% na remuneração. O problema não é apenas do Amapá. De acordo com Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o reajuste nacional ficou longe do esperado na maior parte do país.

De acordo com a CNTE, a média nacional, até novembro de 2013, era de aproximadamente 15% de reajustes.

 

Seles Nafes
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