O desembargador Agostinho Silvério negou nesta quinta-feira, 22, habeas corpus aos empresários Luciano Marba e Admar Barbosa, proprietários da empresa LMS. Marba está com a prisão preventiva decretada desde a semana passada. Admar está preso desde o último dia 15. Ambos são acusados de pagar propina a funcionários públicos envolvidos com a licitação da vigilância das escolas estaduais.
O empresário Luciano Marba estava na Grécia acompanhando o filho que se apresentou a um clube de futebol quando a Justiça decretou a prisão a pedido do Ministério Público. Marba é sócio majoritário da LMS e gravou a entrega de dinheiro ao então assessor jurídico da Secretaria de Educação do Estado, Bruno Nascimento, e ao marido da então secretária de Educação do Estado, Miriam Correa. O MP não solicitou a prisão de nenhum deles, alegando que só os empresários teriam poderes para atrapalhar as investigações.
Baseados numa declaração de Bruno Nascimento, os advogados de Luciano Marba acusaram a primeira dama do Amapá, Cláudia Capiberibe, de estar por trás das extorsões. Ela negou as acusações afirmando que virou alvo político preferencial por ser a pessoa mais próxima do governo depois que o PSB começou a encabeça uma campanha para reduzir o orçamento da Assembeia Legislativa.
Os advogados de Admar Barbosa vão ingressar com um novo pedido de habeas corpus. Luciano Marba ficou de se apresentar nesta quinta-feira, à Justiça. O advogado Maurício Pereira informou que Marba já tinha comprado as passagens com retorno marcado para o dia 22, e que ele conseguiu antecipar o retorno para se apesentar à Justiça.