“Corro mais risco trabalhando”, diz funcionária do Superfácil após 6 assaltos

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Revoltados com a falta de segurança, funcionários do Sistema Superfácil da Zona Norte de Macapá paralisaram suas atividades na manhã desta segunda-feira, 9. Em nove anos de existência, a agência já foi assaltada seis vezes. O crime mais recente aconteceu na última quinta-feira, 5, quando quatro indivíduos armados com pistolas assaltaram o Banco Popular dentro do prédio e levaram mais de R$ 10 mil.

Devido ao grande fluxo de dinheiro e a segurança precária, o correspondente bancário é alvo constante de assaltantes. A paralisação desta segunda-feira foi para sensibilizar o governo quanto à insegurança dos funcionários e clientes. “Estamos pedindo que o governo do estado providencie mais segurança para essa unidade.

Servidores dizem que não são os únicos a correr riscos

Servidores dizem que não são os únicos a correr riscos. Nesta segunda os serviços foram paralisados

Passam por aqui cerca de 300 pessoas por dia, e um vigilante apenas não tem condições de garantir a segurança de ninguém. Queremos câmeras de monitoramento e policiais militares, como tinha antes”, ressaltou o presidente da Associação dos Servidores do Superfácil, Jadimir Assunção.

A unidade funciona, assim como as demais do estado, de 8 às 18 horas. Os funcionários contam que mesmo sem ninguém ter sido ferido, o estado psicológico de todos os trabalhadores ficou abalado. “Os nossos clientes têm medo. No último assalto não feriram ninguém, mas quem me garante que sempre será assim? Sem contar que a funcionária que foi rendida quase teve um ataque cardíaco. Até hoje ela está abalada”, enfatizou Lucivaldo Guedes, servidor há seis anos do Superfácil.

Jadimir Assunção, pres. do sindicato: "queremos a volta dos policiais militares"

Jadimir Assunção, pres. do sindicato: “queremos a volta dos policiais militares”

No ambiente de trabalho que deveria ser tranquilo, pairam o medo e a insegurança. Funcionária desde 2006, quando a unidade foi inaugurada, Eliana Borges conta que a desconfiança é geral. “Pela tarde a insegurança é maior, porque os bandidos já sabem que nesse horário estamos contabilizando a renda do dia. Quando eu saio de casa fico pensando se vou chegar bem à noite. Eu corro mais risco vindo trabalhar do que ficando em casa. Como eu posso trabalhar com excelência se fico com medo do meu próprio cliente?”, desabafa a funcionária.

Funcionários ameaçam realizar outras manifestações se não houver providências

Funcionários ameaçam realizar outras manifestações se não houver providências

Os servidores ameaçam fazer paralisação geral caso o governo não tome providências. “Podemos fazer outras paralisações incluindo toda a categoria. Como o servidor pode trabalhar com medo?”, ameaça o presidente.

A coordenação do Superfácil informou que está providenciando o monitoramento com câmeras, mas não disse quando os equipamentos serão instalados. Também está sendo estudada a possibilidade de desativar a agência bancária.

Seles Nafes
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