O desembargador do Tribunal de Justiça, Agostino Silvério, concedeu no início da tarde desta terça-feira, 3, salvo-conduto ao empresário Luciano Marba, dono da empresa LMS, e habeas corpus para o sócio dele, Admar Barbosa. Os dois tiveram a prisão decretada a pedido do Ministério Público do Estado sob a acusação de envolvimento num suposto esquema para fraudar o contrato de vigilância das escolas.
Luciano Marba gravou a entrega de dinheiro para o então assessor jurídico da Secretaria de Educação do Estado Bruno Nascimento, que também trabalhou para a Secretaria de Inclusão e Mobilização Social. Admar Barbosa também aparece nas gravações, que incluem pagamento ao marido da então secretária de Educação, Miriam Correa.
Admar foi preso por ordem da Justiça no dia 15 de maio. Luciano Marba estava fora do Brasil acompanhando o filho que se apresentava a um clube de futebol da Grécia quando saiu o mandado de prisão. Ele tinha prometido se apresentar à Justiça no último dia 22, mas não o fez.
Na semana passada, o desembargador Agostino Silvério rejeitou um pedido de habeas corpus impetrado pelos advogados e que seria extensivo aos dois empresários. “Parte da licitação eletrônica (da vigilância) já acabou e não havia motivos para os empresários serem presos. O Admar preenche todos os requisitos para responder em liberdade, tem residência fixa, empresa, e nenhum dos dois possui antecedentes criminais”, explicou o advogado Valdenes Barbosa, irmão de Admar.
Até o início da tarde, o salvo conduto do empresário já tinha sido expedido pelo Tribunal de Justiça. Faltava ainda cumprir o alvará de soltura do empresário Admar Barbosa na Penitenciária do Estado. O advogado não soube informar quando o empresário Luciano Marba deverá retornar ao Brasil.