Quem não lembra do velho Fusca? É, aquele carrinho pequeno que conquistou o mundo na década de 1970. É o carro popular mais vendido no mundo até hoje. Então, para os amantes do “fusqueta”, como também era conhecido, vale apena conferir a exposição “Fuscas e Derivados” no Amapá Garden Shopping, na rodovia JK.
Vinte fuscas ficarão expostos até o dia 30 deste mês. Os veículos são nacionais e muitos possuem características originais. Dentre eles há um fusca placa preta, que tem 95% de peças de fábrica e ainda funciona. Outro destaque é um Fusca oficial da Polícia Militar do Estado do Amapá usado nos anos de 1970.
O Fusca foi o primeiro modelo de carro fabricado pela companhia alemã Volkswagen em 1934. No início o carro se tornou instrumento de propaganda da capacidade tecnológica alemã. Entretanto, com eclosão da 2ª Guerra Mundial os fuscas serviram para transportar soldados, já que cabiam três pessoas e armas de guerra.
No Brasil o Fusca chegou em 1950 e foi sucesso imediato. O modelo mais vendido na época era o conhecido “Split Window”, com vidro traseiro dividido em dois. Era esportivo e mais simples. O sucesso do Fusca foi devido ao incentivo fiscal do governo concedido para as empresas estrangeiras, que barateava o produto.
Na exposição, os modelos variam. São conversíveis, de corrida, populares, customizados e originais. Para a gerente de Marketing do Garden Shopping, Joicilene Santos, a exposição faz um resgate do carro mais querido do Brasil. “Os fuscas e derivados remontam a paixão automobilística dos brasileiros. Essa exposição tem o objetivo de resgatar e valorizar a memória do automóvel”, enfatizou.
A maioria dos carros em exposição é amapaense. Dentre eles está o fusca de 1970, propriedade da Policia Militar do estado que foi usado por décadas pela corporação. Outro carro que chama atenção é um fusca preto L300. O veículo de trinta anos tem 95% das peças originais. Existe na exposição um fusca MP, modelo de 1978 customizado. O carro tem tração traseira, baixo peso, confiabilidade do motor, banco de couro e pneu reserva. Outro modelo que chama atenção é um Fusca de corrida. Com um motor customizado de 240 cavalos, o carro tem mais de 10 anos. É o mais rápido da região Norte.
Tem Bug, Fusca automotivo, Gurgel de fibra, Fusca refrigerado. Mas a história mais interessante é de uma Brasília de 1976. Ney Cruz encontrou o carro praticamente abandonado. Depois de muita insistência comprou o automóvel por R$ 3 mil. Ele gastou mais R$ 6 mil para reformar o carro. “Esse carro é minha paixão, meu xodó. Hoje mesmo eu recusei uma proposta de R$ 8 mil por ele. Não vendo por valor nenhum”, disse.
A exposição tem parceria com o Fusca Clube do Amapá, entidade que possui 20 membros totalmente apaixonados por fusquinhas. Os amantes do Fusca promovem encontros duas vezes por mês em diversos pontos de Macapá e Santana. Segundo a direção do Clube, cerca de 50 fuscas antigos ainda circulam na cidade de Macapá.