MPF diz que “Arraiá” esconde a Fortaleza; ação pede a suspensão da festa

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Uma ação movida pelo Ministério Público Federal no Amapá está pedindo a “suspensão imediata” do Arraiá da Beira-Rio. A festa, que começou no último dia 20 e envolve cerca de 100 grupos juninos de todo o Estado, está sendo realizada numa estrutura que estaria atrapalhando a visibilidade da Fortaleza de São José, monumento tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

O Iphan já tinha embargado a montagem da estrutura,  e mesmo assim os organizadores ignoraram a proibição. A organização do evento apresentou o projeto dentro das especificações, mas, segundo o MPF, na prática a estrutura teria sido montada de forma bem diferente, conforme atestou uma vistoria realizada pelo Iphan na última segunda-feira, 23.  Na ocasião, o governo e Liga receberam recomendação para desmontar tudo em 48 horas. “Estado e Ligajap cometeram fraude e agiram de má-fé. Por esse motivo, pede à Justiça Federal a paralisação imediata do evento”, diz nota do MPF.

A festa começou apesar do embargo do Iphan

A festa começou apesar do embargo do Iphan. Foto: Agência Amapá

A ação exige a imediata desmontagem de toda estrutura. “Não existe sentido em realizar eventos à base da muralha do maior patrimônio cultural do Estado, se for para escondê-lo atrás (…) de metal e lona, ou qualquer outro tipo de estrutura que não dialogue com a imponência que a Fortaleza possui”, destacou o Iphan.

 

Seles Nafes
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