Atoleiro: Dnit impõe horário para o tráfego de veículos na BR-156

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Para tentar minimizar os transtornos na BR-156 causados pelo atoleiro a 90 quilômetros do município de Oiapoque, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) está realizando intervenções na estrada com o objetivo de garantir a passagem de ônibus, e principalmente caminhões com combustível e alimento. A primeira medida foi definir horário para o trânsito de veículos na área, que é entre 8 horas e meio dia. Na parte da tarde o pessoal contratado pelo Dnit trabalha na manutenção da rodovia.

A medida reduziu até o número de ônibus que fazem viagens entre Macapá e Oiapoque. Em tempos normais são quatro ônibus que fazem viagens diárias nesse trecho. Com o horário determinado pelo Dnit, as duas empresas que atendem a demanda só estão fazendo uma viagem por dia cada uma.

Vilarinho

Até para quem usa o transporte alternativo (também conhecido como pirata) está tendo que desembolsar está pagando mais caro pelas viagens. Há motoristas que cobram até R$ 400 por pessoa. Segundo Fábio Vilarini, diretor do Dnit/AP, as ações servem para amenizar os problemas causados pelas chuvas que atingem o único trecho que ainda não está asfaltado no braço norte da rodovia. “Limitamos o horário de tráfego para podermos intervir com manutenção de emergência e assim facilitar a passagem de veículos. Enquanto isso, vamos esperar a chegada do verão para fazermos um trabalho melhor”, explicou.

REPRESENTAÇÃO

Estrada Oiapoque (1)

Devido aos problemas na estrada, que já foram divulgados até pela imprensa nacional, o Senador Randolfe Rodrigues (Psol) afirmou em entrevista concedida a Rádio Senado, que na semana que vem estará entrado com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra o Dnit para exigir a finalização das obras de asfaltamento na BR-156.

Segundo o Senador, a BR-156 é a obra mais antiga em andamento no Brasil, iniciada em 1948. Esse atraso, afirma o parlamentar, pode prejudicar as ações de intercâmbio entre o Amapá a Guiana Francesa através da ponte binacional. “Não é possível que uma obra federal fique parada por mais de 60 anos. Não é aceitável que mais de 20 mil pessoas passem as dificuldades que a população de Oiapoque tem passado”, protestou Randolfe.

Sem a conclusão da estrada todos os anos o município do extremo norte do Brasil enfrenta problemas. A precariedade da estrada tem reflexo nos preços de produtos como alimentos em geral, gás de cozinha e até na energia elétrica, já que o sistema independente de fornecimento depende do combustível, que não chega com frequência no período da chuva.

Em relação aos comentários do Senador Randolfe, o Dnit afirmou que vai esperar a ação do MPF para se defender.

Seles Nafes
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