Máquinas enferrujam no Pólo Moveleiro de Macapá e Santana

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A Unidade Demonstrativa de Secagem de Madeira no Pólo Moveleiro de Macapá e Santana está parada desde 2008 porque o Sindicato dos Moveleiros (Sindmoveis) não teria prestado contas dos recursos que recebeu para administrar a unidade. A obra inaugurada em 2006 é resultado do Projeto de Cooperação Internacional entre o Brasil e o Japão e custou mais de R$ 1 milhão.

A obra do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior tinha como objetivo dinamizar o processo de secagem de madeira, além de capacitar profissionais. Mas tudo está completamente parado, sem previsão de retomada. As máquinas paradas há sete anos já estão enferrujadas.

Estufa

O galpão da unidade de secagem fica há 100 metros da Rodovia Duca Serra, no limite entre Macapá e Santana, junto com uma estufa, que também esta parada. No convenio firmado em 2006, pelo Sebrae, Senai, Governo do Estado, Prefeitura de Santana e Sindmóveis, ficou acertado que o sindicato seria o gestor da unidade. Mas a partir de 2008 a gestão deixou de prestar contas com o Governo do Estado, que por sua vez não repassou recursos para a manutenção do lugar.

Maquinas paradas

De acordo com o secretário-geral do Sindmóveis, Jairo Gomes, a direção do sindicato não mostra o menor interesse em prestar contas com o Governo do Estado. “Já pedimos a prestação de contas, mas por impasse político nada foi feito. Na semana que vem vamos levar o caso ao Ministério Público Federal. Nós queremos saber no que o dinheiro foi gasto”, reclamou.

Waldez Lemos

Waldez Lemos

Se a Unidade Demonstrativa de Secagem de Madeira estivesse funcionando a todo vapor poderia ter capacitado mais de 500 moveleiros no Amapá.  Há 30 anos na profissão, o moveleiro Waldez Lemos, de 46 anos, nunca passou por capacitação, a situação seria diferente se a unidade funcionasse. “Aprendo coisas novas trocando experiências com amigos de profissão. Sou sindicalizado e cobro pela prestação de contas”, desabafa.

A equipe de reportagem não conseguiu falar com a direção do Sindicato dos Moveleiros sobre o assunto.

Seles Nafes
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