Delegados denunciam falência da Polícia Civil

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A Associação dos Delegados do Amapá (Adepol) afirmou em uma carta endereçada à sociedade civil que a situação das delegacias de polícia no estado é precária. Segundo a carta, a Polícia Civil do Estado está entrando processo de falência. “Isso é o retrato da falta de investimento, resultando na redução de agentes e plantões”, diz a carta. A Delegacia Geral de Polícia diz que as declarações da Adepol são falaciosas.

Segundo o presidente da Adepol, delegado Sávio Pinto, a Polícia Civil foi a única que regrediu em relação ao número de agentes. “Enquanto a Polícia Militar cresceu de 2.830 policiais para 3.690 e o Corpo de Bombeiros de 841 para 1.201, a Polícia Civil diminuiu 1.106 para 981 servidores”, reclama Sávio.

Segundo a Adepol, a Polícia Civil tem investimento mensal 20 vezes menor que os contratos de vigilância para as escolas e nove vezes menor que o investimento de publicidade do Governo do Estado, que chega a R$ 28 milhões. A Adepol enfatiza que “delegacias como a de Atos Inflacionais (Deiai) e de Crimes Contra a Mulher (DCCM), que deveriam ser referência por conta do atendimento humanitário, estão sendo precarizadas, não oferecendo condições salubres de trabalho”.

Sávio Pinto reclama que a falta de investimento resulta na redução de plantões nos Centros Integrados de Operações em Segurança Pública (Ciosp), que atualmente recebem presos em apenas um prédio localizado Pacoval. “No início eram três plantões em cada sede (Congós, Pacoval e Novo Horizonte) hoje apenas o Pacoval recebe as demandas de toda a cidade”, conclui Sávio.

O OUTRO LADO

polica civil

A Delegacia Geral de Polícia Civil do Amapá (DGPC) informou através de nota que as declarações da Adepol são falaciosas e que não representam a verdadeira realidade das delegacias, e que tudo o que foi exposto pela associação faz parte de um ataque político partidário.

Segundo a nota da DGPC os erros começam nos valores expostos na carta, pois no caso de publicidade o Governo do Estado informou que tem um orçamento de R$ 9 milhões, diferentemente dos R$ 28 milhões expostos pela Adepol.

Já em relação a Delegacia de Atos Inflacionais (Deiai) a DGPC afirmou que a mesma passou por reforma, o que não representa o ambiente de insalubridade exposto na carta, e que a Delegacia de Crimes contra a Mulher (DCCM) estará sendo transferida para o um prédio novo no Bairro Jesus de Nazaré.

Seles Nafes
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