Revolta no velório da menina que morreu depois de assalto

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Na manhã desta terça-feira, 30, a comunidade agrícola da “Linha F”, que fica no ramal do KM-09, se reuniu para dar o último consolo à família de Vitória Cunha da Silva, de 2 anos, que morreu na segunda-feira, 29, depois de dar entrada no Pronto Atendimento Infantil (PAI) com insuficiência respiratória. Na sexta-feira, 26, a família de Vitória foi assaltada, e ela passou por momentos difíceis nas mãos dos bandidos. O estresse teria sido o principal motivo da morte dela.

Agricultores se reuniram para dar o último adeus a Vitória

Agricultores se reuniram para dar o último adeus a Vitória


O assalto aconteceu na noite de sexta, quando três homens armados com faca, foice e um revólver renderam o pai da menina que estava contando o dinheiro que havia apurado na feira do agricultor no dia anterior. Os homens estavam atrás de espingardas usadas no interior para caça. Porém, a família de Vitória não tinha o que eles procuravam.

Por conta disso, começou uma sessão de tortura. “Primeiro eles pegaram o meu filho e o agrediram perguntando onde estavam as armas. Como não conseguiram a resposta que queriam, começaram a ameaçar a minha neta como uma forma de tentar intimidar o pai dela. Como não conseguiram nada foram embora, mas a menina ficou com falta de ar e teve que ser levada para o hospital”, contou o avô paterno da menina, Francisco Silva.

Francisco Silva

Avô paterno de Vitória, Francisco Silva


Vitória já estava doente, mas o quadro de saúde dela agravou-se quando os bandidos entraram. A menina passou a semana passada toda internada no PAI por conta da falta de ar e uma infecção urinária. “Os médicos não sabiam qual a doença da menina. No início eles pensaram que era pneumonia, mas nada foi confirmado e mesmo com o estado grave a garota foi liberada e voltou para casa”, acrescentou o avô.

Após o assalto, Vitória teve uma recaída e quando chegou ao PAI foi encaminhada diretamente para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas não resistiu aos traumas e faleceu na segunda-feira. Entre a comunidade da Linha F fica o sentimento de medo e revolta por conta da falta de segurança aos agricultores. Todos têm casos de assaltos para contar e pedem mais rondas policiais na área.

Seles Nafes
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