Estudantes param por falta de transporte e merenda

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Os alunos de pelo menos cinco escolas da Zona Oeste de Macapá, que dependem do transporte escolar pago pelo Governo do Estado, ficaram sem o serviço há apenas 15 dias do final do ano letivo. A paralisação do serviço acontece por falta de pagamento. Com isso, os alunos das zonas rurais ficam sem condições de chegar às escolas.

Um exemplo é a Escola Estadual Maria do Socorro Andrade Smith, localizada no Conjunto Cabralzinho, que atende estudantes de comunidades rurais que ficam ao longo do ramal do KM-09 e da Lagoa, localizada no final do Bairro Goiabal.  “A falta de pagamento atingiu a nossa escola de duas formas. A primeira são os quase 240 alunos que dependem do transporte escolar e não têm condições de chegar a escola. A segunda está relacionada à falta de merenda. Os fornecedores e merendeiras não recebem há dois meses”, disse o diretor da Escola, Aldeley Ferreira.

Reunião entre professores e pais de alunos na escola Socorro Smith

Reunião entre professores e pais de alunos na escola Socorro Smith

A direção da escola foi informada pela Secretaria Estadual de Educação (Seed) que a falta de pagamento vem ocorrendo por conta da redução dos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Isso, segundo a Seed, vem impedindo que o pagamento do transporte escolar, fornecedores e servidores do caixa escolar sejam regularizados. “Pelo que nos informaram, o governo pediu para a Assembleia Legislativa aprovar um remanejamento para que a Seed possa usar verbas de outras secretarias para sanar os pagamentos atrasados. Mas isso ainda não foi votado”, explicou o diretor.

Ardeley Ferreira, diretor da escola

Ardeley Ferreira, diretor da escola

Como os pagamentos da escola estão paralisados, os alunos estão sendo liberados mais cedo porque não tem merenda. “Uma das medidas para solucionar o problema foi marcar com os pais dos alunos que não têm condições de chegar à escola, que venham aqui na sexta-feira, 05 de dezembro, para pegar uma série de atividades elaboradas pelos professores para serem feitas em casa. Queremos com isso, cumprir os últimos 15 dias letivos. Já os alunos que podem chegar a escola, terão aula normal”, acrescentou o diretor.

Enquanto o pagamento não é regularizado as escolas buscam medidas para tentar finalizar o ano letivo de 2014 sem atrasos, garantindo assim o início regular do ano letivo de 2015.

 

Seles Nafes
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