Hospital de Emergência: Até quando esperar?

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A direção do Hospital de Emergência vai mais uma vez tentar reduzir a quantidade de pacientes à espera de uma cirurgia ortopédica. Será por meio de um mutirão ainda sem data confirmada, mas que está sendo preparada para ocorrer no Hospital de Clínicas Alberto Lima. Nesta quinta-feira, 27, pacientes e parentes fizeram mais um protesto em frente ao HE chamando a atenção de quem passava para a demora na realização das cirurgias.

Dos 120 pacientes internados em leitos, macas e colchões na ala cirúrgica do Hospital de Emergência, cerca de 90 esperam uma cirurgia ortopédica, a maioria é vítima de acidentes de trânsito. Muitos deveriam estar internados no Hospital de Clínicas Alberto Lima, que só tem capacidade para atender cirurgias de alta complexidade. “O Hcal está sendo preparado para realizar cirurgias menores que representam muitos desses casos que estão no HE. Mas a gente não pode tirar os pacientes do HE para o Hcal sem que possamos definir antes a equipe medica, leito, e outros detalhes que viabilizam a transferência. Teremos essa definição amanhã (sexta-feira) de tarde”, garantiu o diretor do HE, Regiclaudo Silva.

Parentes de juntaram aos pacientes. No total, 90 pessoas aguardam por cirurgias ortopdicas

Parentes de juntaram aos pacientes. No total, 90 pessoas aguardam por cirurgias ortopédicas

No início da semana, a situação ficou ainda mais crítica no HE. O chamado “carrinho anestésico”,  usado para dar suporte aos pacientes durante as operações, apresentou problemas, limitando a realização apenas das cirurgias de emergência. As cirurgias eletivas terão que continuar aguardando. Pacientes que não correm risco de morte, estão esperando até 3 meses pela vez de passar por uma cirurgia.

É essa situação que tem levado pacientes a organizar protestos como o de hoje, demonstrando não se tratar de uma jogada política, como setores do governo alegaram durante as eleições. Durante a campanha, pelo menos duas manifestações idênticas foram realizadas. A grande desafio do próximo governo quando o assunto é rede hospitalar pode ser resumido em duas palavras: “resgate da dignidade”. 

Seles Nafes
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