O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, assinou no início da tarde desta quinta-feira, 6, em Macapá, o acordo que, na prática, define as áreas que o governo do Estado poderá utilizar para programas habitacionais e a conclusão da Rodovia Norte/Sul. A obra está paralisada desde o fim do ano passado.
O documento deixa claro quais são as terras do raio de ampliação da Infraero e quais podem ser utilizadas pelo Estado do Amapá. A terceira etapa da rodovia ainda não começou a ser construída justamente porque passa por terras da Infraero que ainda estavam sob o domínio da União. “O processo de liberação envolve muitos órgãos, e este ano não pudemos fazer essa transferência por causa do período eleitoral. Mas agora estamos aqui atendendo à necessidade de crescimento de um estado que é importante para a Amazônia e para o país”, frisou o ministro ao chegar no Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre.
O ministro veio acompanhado do diretor de Aeroportos da Infraero, Marçal Gomes, e de parte da bancada federal do Amapá. “É uma obra de mobilidade importante que vai mudar a vida das pessoas”, resumiu o senador eleito Davi Alcolumbre (DEM).
Davi e os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL), e João Capiberibe (PSB), fizeram a articulação política que culminou com a liberação das terras. “Demorou, mas aconteceu, apesar das mentiras da campanha de que a Rodovia Norte/Sul nem existia. Não tem mentira de campanha que resista ao trabalho”, disparou Randolfe Rodrigues.
A expectativa agora é pela retomada da obra, que ainda não tem data definida. “Será o mais rápido possível. Poderemos agora nos debruçar sobre os problemas de ocupações irregulares. Em 2009, as famílias do Alvorada 2 quase foram retiradas”, lembrou o governador Camilo Capiberibe (PSB).
Capiberibe não poderá inaugurar a rodovia como havia planejado. Derrotado nas urnas, ele fez questão de deixar claro, em seu discurso, que vai cobrar da próxima gestão a conclusão das obras e das promessas feitas em campanha.
Duas etapas da rodovia já foram concluídas, num total de pouco mais de 4 quilômetros. Os recursos são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e do governo do Estado.