Banzeiro do Brilho-de-Fogo promete arrastar macapaenses no domingo

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No próximo domingo, 14, o resultado de nove meses de trabalho vai resultar numa espécie de bloco de rua cultural focado nas tradições mais antigas do folclore amapaense, mas que andam meio esquecidas do grande público. É a reta final do projeto Banzeiro do Brilho-de-Fogo, iniciativa da prefeitura de Macapá que mobilizou artistas populares.

Coordenado pelos músicos Paulinho Bastos, Adelson Preto e Alan Gomes, com apoio da Fundação de Cultura de Macapá (Fumcult), o projeto visa inclusão social e cultural por meio de oficinas de percussão em escolas, associações, praças, faculdades, e outros lugares.

Oficinas envolveram pessoas de todas as idades. Algumas nunca haviam tocado um tambor

Oficinas envolveram pessoas de todas as idades. Algumas nunca haviam tocado um tambor

Inspirado no Projeto Arraial do Pavulagem, que arrasta os paraenses, o Banzeiro foi pensado para ser uma brincadeira cantada, onde as tradições, musicalidade e talento enaltecem o marabaixo e o batuque. Foram realizadas 15 oficinas itinerantes com participação de mais de 200 pessoas, algumas nunca haviam tocado tambores. “Começamos no quilombo do Curiaú e de lá seguimos para os bairros. Fomos das praças às pontes aproximando crianças, jovens e adultos de nossa cultura, ensinando os ritmos, nossas danças e músicas produzidas por artistas que amam a cidade. Temos certeza que todos se apaixonaram pelo que é nosso. A intenção não é de formar músicos, nem de substituir as rodadas de marabaixo ou bandalho de batuque, mas de ser um caminho criativo e gostoso que leve à valorização de cultura amapaense”, explica Alan Gomes, da coordenação do projeto e diretor musical.

No domingo, desfilam no Cortejo do Banzeiro do Brilho-de-Fogo cerca de 150 batuqueiros, mulheres no Cordão das Açucenas e crianças no Jardim do Banzeiro. Instrumentos de sopro e caxixi também dão ritmo ao repertório, formado por canções regionais.

Tambores são diferenciados, confeccionados especialmente para o Banzeiro

Tambores são diferenciados, confeccionados especialmente para o Banzeiro

Todos estarão vestidos com roupas do projeto e com adereços coloridos. Os tambores foram confeccionados por artesãos populares e têm características próprias. Alguns são feitos de madeira reciclada, outros de latão, e ornamentados com chita, pintados do modo tradicional ou com a arte do artista plástico Afrane Távora. Toda a concepção visual do projeto foi criada pela artesã Melissa Silva. “O Cortejo é aberto e qualquer pessoa pode acompanhar, dançar e cantar, com a roupa que quiser, é um bloco popular e que não vai deixar ninguém parado”, disse Adelson Preto, coordenador geral do Banzeiro.  

Banzeiro vai partir no fim da tarde da entrada da Fortaleza de São José até a Praça Floriano Peixoto

Banzeiro vai partir no fim da tarde da entrada da Fortaleza de São José até a Praça Floriano Peixoto. Fotos: Ascom/Fumcult

O Banzeiro vai partir da entrada principal da Fortaleza de São José, no fim da tarde. O Cortejo seguirá até a Praça Floriano Peixoto, onde haverá shows com Patrícia Bastos, João Amorim, Joãozinho Gomes. Haverá a participação também dos integrantes do Arraial do Pavulagem, Ronaldo Silva e Alan Carvalho.

Em 2015, o projeto Banzeiro fará nova apresentação no dia 4 de fevereiro, aniversário de Macapá, e em outras datas comemorativas, como Dia do Padroeiro da cidade, São José, dia 19 de março.  

Seles Nafes
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