Segundo dados da Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM), este ano 93 mulheres foram vítimas de estupro no Amapá. Na maioria dos casos o abusador é parente ou vizinho, mas casos em que os agressores são desconhecidos começam a crescer.
No ano passado foram registrados 109 casos de estupros consumados e 5 tentativas. “Infelizmente, temos um número crescente de estupradores anônimos, ou seja, aqueles que não são conhecidos das vítimas. Este ano prendemos um homem que andava equipado com fita adesiva e corda para a prática libidinosa”, revelou a delegada plantonista da DCCM, Andressa Monteiro.
Delegada Andressa Monteiro, da DCCM
Outro dado alarmante é o aumento de casos que envolvem mototaxistas clandestinos. Só este ano, a Delegacia da Mulher investiga sete casos de estupros com envolvimento de mototaxistas clandestinos em Macapá. O caso mais recente ocorreu em agosto, quando uma mulher viveu pelo menos 15 horas de terror nas mãos de dois estupradores na Rodovia Norte/Sul. Os dois eram mototaxistas clandestinos.
Edinaldo Palmeira: a população precisa se conscientizar
Segundo pesquisas da CTMac, 35% dos casos de estupros registrados no ano passado em Macapá foram praticados por mototaxistas clandestinos. A Companhia já intensificou a fiscalização para combater os clandestinos, mas o mototaxistas legalizados acreditam que a população precisa se conscientizar. “Tem que fiscalizar mesmo. Mas não adianta a CTMac fazer o trabalho de fiscalização e a população não se conscientizar que a moto legalizada é mais segura”, afirmou Edinaldo Palmeira, mototaxista legalizado há 10 anos.
As mulheres podem se prevenir em muitas situações. “Elas devem redobrar a atenção à noite quando voltam do trabalho ou da faculdade. E quando forem pegar mototáxis que eles sejam legalizados”, aconselha à diretora-presidente da CTMac, Cristina Baddini.
