O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá aprovou por unanimidade, no início da noite desta quarta-feira, 17, a prestação de contas do senador eleito Davi Alcolumbre (DEM). Foram 7 votos a 0. O governador eleito, Waldez Góes, também teve as contas aprovadas.
A sessão começou depois das 18h30 e foi rápida. Com a decisão, ficou mais complicada a situação do candidato derrotado Gilvam Borges (PMDB), que move duas ações para tentar derrubar Davi, e assim ocupar a vaga do Amapá Senado. A cadeira é ocupada pelo PMDB há mais de 24 anos.
A juíza relatora, Elaine Cantuária, reenviou para a Procuradoria Eleitoral toda a prestação de contas de Davi Alcolumbre. A Procuradoria Eleitoral, que opinou pelo indeferimento da ação de impugnação movida por Gilvam Borges, tinha argumentado que precisava de mais tempo para analisar de forma detalhada a prestação de contas.
A defesa de Davi Alcolumbre avaliou ser normal esse procedimento. “Nós já esperávamos pela aprovação, até porque a Coordenadoria de Controle Interno do TRE e a Procuradoria Eleitoral do MPF já tinham se pronunciado de forma favorável, fortalecendo a nossa tese de que não há qualquer irregularidade, como argumenta o candidato derrotado. As contas podem ser analisadas novamente como fez o Controle Interno do TRE e nada será encontrado”, enfatizou o advogado de Davi Alcolumbre, Paulo Santos. O advogado de Gilvam Borges, Fernando Aquino, não quis se pronunciar.
Além do senador eleito, o tribunal também apreciou a prestação de contas de outros candidatos, entre eles a da campanha do governador eleito Waldez Góes (PDT). As contas dele também foram aprovadas, mas com ressalvas. O advogado do governador, Eduardo Tavares, decidiu se pronunciar durante o julgamento. “Não adianta tentar mudar aqui o que o povo escolheu. É preciso esperar 4 anos. Nada é mais importante do que a soberania do povo”, disse ele, referindo-se aos questionamentos contra as contas de Waldez.