Em Macapá: “Ela encostou a faca no meu pescoço”, diz taxista sobre garota assaltante

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Um taxista foi assaltado por um grupo de adolescentes na noite de sábado, 20, no Bairro Perpétuo Socorro, Zona Leste de Macapá. Uma das adolescentes encostou uma faca no pescoço do motorista, mas depois acabou sendo apreendida.

O taxista, que motivo de segurança não será identificado, conta que apanhou o grupo de três garotas e um garoto na faixa dos 16 anos próximo ao Ginásio Avertino Ramos, no Centro. Eles disseram que queriam ir para a Passagem Santa Fé, no Bairro Cidade Nova, e seguiram no carro depois de combinar o preço da corrida.  “Não desconfiei de nada. Eles fizeram uma coleta na minha frente para pagar a corrida.

Risonilson Barros: revista policial nos táxis

Risonilson Barros: revista policial nos táxis

Ao chegar ao endereço, houve mudança de comportamento dos “passageiros”. “Eles viram uma viatura da PM próxima e pediram para seguir mais adiante. Quando a passagem acabou, já na Avenida Pará, eles anunciaram o assalto. Uma das meninas encostou a faca no meu pescoço, o garoto encostou outra na minha costela”, descreve o taxista.

O grupo levou celular e a renda do carro, e quando o garoto estava descendo do veículo o taxista resolveu arrancar. “Ele caiu numa vala, fui atrás, mas ele sumiu rápido nas pontes”, lembra ele.

O taxista acionou colegas pelo rádio e com a chegada da PM iniciou-se uma busca pelas pontes. Uma informante apontou a casa da adolescente de 16 anos que foi apreendida. Ela estava com o celular da vítima. O garoto não foi encontrado. A menina foi levada para a Delegacia de Atos Infracionais.

A capital tem 926 táxis em circulação com mais de 2 mil profissionais, entre permissionários e auxiliares. Os assaltos tem aumentando nos últimos meses. “Às vezes ocorrem 3 só numa noite”, revela o presidente do Sindicato dos Taxistas de Macapá, Risonilson Barros.

A entidade diz que vem tentando debater o assunto com a nova gestão da Secretaria de Segurança Pública (Sejusp), mas reuniões foram desmarcadas três vezes, a última na Quarta-Feira de Cinzas. “Temos informações que queremos compartilhar com a polícia, mas ainda não tivemos a chance”, lamenta o sindicalista.

O sindicato quer pedir à Sejusp que a Polícia Militar passe a abordar os táxis que tenham passageiros para que todos sejam revistados. “Os bandidos, sabendo disso, ficarão mais receosos, mas precisamos conversar com a nova gestão da Sejusp sobre isso””, reforça. 

Seles Nafes
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