Impunidade: Os garotos que fazem o mal

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Dizem que a certeza da impunidade sentida pelos menores que cometem crimes é gerada pela proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e penas brandas até para os crimes mais graves como homicídio. Enquanto esse velho debate não produz mudanças na legislação, os menores seguem praticando crimes, a maioria com violência extrema. Na tarde desta sexta-feira, 27, a Polícia Militar apreendeu dois adolescentes em situações e pontos diferentes da capital. Um deles, o “Capetinha”, de 16 anos, estava armado com um terçado e uma faca, e estava preparado para assaltar um ônibus.

Terçado pronto para o assalto. Fotos: BPRE e Jair Zemberg

Terçado pronto para o assalto. Fotos: BPRE e Jair Zemberg

A viatura do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE) passava perto da antiga Lixeira Pública de Santana, a Rodovia Duca Serra, quando avistou três rapazes em uma parada de ônibus.  Quando a viatura decidiu voltar para fazer a abordagem, os três correram em disparada. Dois deles sumiram no meio do matagal, mas o menor de 16 anos acabou sendo apreendido.

Faquinha de pão capaz de matar

Faquinha de pão capaz de matar

Na fuga, os menores deixaram uma faca e um terçado tão grande que mais parecia uma espada.  Capetinha confessou que ele e os três companheiros esperavam um ônibus da linha Santana-Macapá, onde fariam um assalto.

Capetinha estava em liberdade há apenas 12 dias. Foi solto do Centro de Internação Masculina (Cesein) no último dia 15 de fevereiro, onde estava pelo artigo 157 (roubo). Pelo menos visto, não aprendeu nada de novo no centro, que originalmente tem o objetivo de reeducar.

No início da noite, outro menor foi apreendido no Bairro do Beirol, Zona Sul, depois de assaltar uma pessoa que passava pela rua. A arma era simples (uma faca de cozinha), mas era suficiente para ceifar mais uma vida. 

Seles Nafes
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