Representantes de órgãos públicos participaram de uma reunião nesta quinta-feira, 05, para debater um plano de contingência para alagamentos no Amapá. A prioridade é delegar funções para cada órgão nas situações emergenciais. Segundo o Núcleo de Meteorologia do Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), para os próximos meses a previsão é de fortes chuvas com ventos de até 50 quilômetros por hora.
Cada órgão apresentou um plano mostrando como pode contribuir com pessoal e financeiramente. Além disso, fizeram um balanço das dificuldades que enfrentaram para trabalhar no inverno passado. Atualmente a Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho (Semast) paga 120 alugueis sociais para famílias que sofreram com incêndios e alagamentos no ano passado. “Esse plano é fundamental para termos um norte de atuação em 2015”, pontuou a assessora técnica da Semast, Jaqueline Brandão.
A reunião definiu um planejamento mínimo de atuação para cada órgão, desde quem vai ajudar nos primeiros socorros até uma assistência final às possíveis vítimas de acidentes naturais. De acordo com a Defesa Civil Estadual, Macapá possui atualmente mais de 60 pontos de alagamentos. Um dos focos do órgão é retirar os moradores do Aturiá para evitar tragédias. “O número de pessoas que habita naquela área é muito grande. Hoje, temos cerca de 70 famílias morando lá e queremos remanejá-las para outro espaço. Queremos fazer isso antes dos meses mais intensos de chuva”, explicou o secretário executivo da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Alexandre Veríssimo.
Os meteorologistas do Iepa estão prevendo 450 milímetros de chuva até o fim de fevereiro. Os meses de março e abril devem trazer chuvas intensas acompanhadas de fortes ventanias. “A partir de março as chuvas podem ultrapassar os 500 milímetros”, ressaltou o meteorologista Jeferson Vihena.
Nessa primeira reunião os órgãos resolveram marcar um segundo encontro ainda este mês para concluir o plano de contingência. Estiveram presentes representantes do Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Exército, secretarias estaduais de Comunicação, Educação, Transporte e Inclusão Social. Além da Vigilância Sanitária, Fecomércio, secretarias municipais de Assistência Social, Educação e Saúde.